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O CEO da OpenAI, Sam Altman, que ganhou a briga contra o antigo conselho da empresa - Foto: Steve Jennings/Creative Commons

Esse foi o ano da inteligência artificial, sem dúvida

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Todo ano uma tecnologia desponta como inovadora, capturando mentes e manchetes. Ao final de 2023, poucas pessoas destacariam outra coisa que não fosse a inteligência artificial. Ela deixou de existir apenas em debates acadêmicos e de especialistas para ocupar rodas de conversas de leigos em mesas de bar. Mas o que fez uma tecnologia septuagenária e que já integrava nosso cotidiano (ainda que a maioria não soubesse disso) ganhar tamanha importância?

A resposta passa pelo lançamento de um produto: o ChatGPT. Apesar de ter sido liberado em 30 de novembro de 2022, nesse ano se tornou o produto de mais rápida adoção da história (e não me restrinjo a produtos digitais), com 100 milhões de usuários em apenas quatro meses! Mas a despeito de suas qualidades, sua grande contribuição foi demonstrar ao cidadão comum o poder da IA. E isso detonou uma corrida frenética para inclusão dessa tecnologia em todo tipo de produtos.

O ChatGPT faz parte de uma categoria da inteligência artificial chamada “generativa”. Isso significa que ele é capaz de gerar conteúdos inéditos (no seu caso, textos) a partir do que sabe. Parece mágica para muita gente, mas uma outra característica sua talvez seja ainda mais emblemática: o domínio da linguagem humana, e não termos truncados ou computacionais. E uma linguagem complexa, estruturada e consciente nos diferenciava dos outros animais e das máquinas.

Agora não mais das máquinas! Ao dominar a linguagem humana, a IA praticamente “hackeou” o nosso “sistema operacional”. E essa é a verdadeira explicação para 2023 ter sido o ano da inteligência artificial.


Veja esse artigo em vídeo:


Como é preciso quebrar alguns ovos para fazer uma omelete, toda essa transformação trouxe algumas preocupações. Uma das primeiras veio da educação, com professores temendo que perderiam a capacidade de avaliar seus alunos, que passariam a usar o ChatGPT para fazer seus trabalhos. Alguns professores chegaram até a temer que fossem substituídos de vez por máquinas inteligentes. Felizmente nada disso aconteceu, mas o debate serviu para educadores perceberem que precisavam reciclar a maneira como ensinavam e avaliavam seus alunos.

O medo de ser substituído pela máquina também atingiu funções que antes se sentiam imunes a isso, por serem trabalhos criativos. E esse é um temor legítimo, pois muita gente já está perdendo mesmo o emprego para a IA. Mas há “esperança”!

A inteligência artificial realmente cria coisas incríveis depois de processar quantidades obscenas de informação, encontrando soluções que nem o mais experiente profissional conseguiria. Mas ela também erra, e erra muito! São as chamadas “alucinações”, termo que entrou em nosso cotidiano em 2023 com essa acepção.

Trata-se de informações incorretas (às vezes muito erradas) que as plataformas inventam e incluem em suas produções, para tentar atender aos pedidos dos usuários. Por conta delas, muita gente se deu mal em 2023, até perdendo o emprego, por apresentar trabalhos com esses erros grosseiros. Portanto, bons profissionais ainda são necessários, para verificar se a IA não está “mentindo” desbragadamente.

As big techs abraçaram a IA! Depois que o ChatGPT foi chamado inicialmente de “assassino de Google” (outra bobagem que não se concretizou), o próprio Google correu para lançar em fevereiro o seu produto, o Bard, tentando deixar para trás a sensação de que tinha perdido a corrida de algo que já pesquisava havia muitos anos. No segundo semestre, a Meta incorporou seu Llama 2 a suas plataformas.

Mas quem acabou aparecendo com força mesmo foi a Microsoft, que teria investido algo como US$ 12 bilhões na OpenAI, criadora do ChatGPT. Com isso, essa tecnologia foi incorporada em muitos de seus produtos, como o Bing e o Word.

A inteligência artificial parece estar em toda parte. Mas isso é só o começo!

 

“Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”

A IA realmente deslumbrou todos. Não é exagero afirmar que, mesmo em seu estágio atual, para muitos ainda embrionário, ela já está transformando o mundo. Mas para muita gente, ela está indo rápido demais.

Hoje há um embate entre dois movimentos. De um lado, temos o “Altruísmo Eficaz”, que defende que o desenvolvimento da IA seja bem regulado, para evitar que ela se torne muito poderosa e destrua a humanidade. Do outro, há o “Aceleracionismo Eficaz”, que defende justamente o contrário: que seu desenvolvimento aconteça totalmente livre, sem regras. Para esses, os benefícios da IA superam eventuais riscos que traga, por isso deve acontecer o mais rapidamente possível.

Esse embate provocou um abalo sísmico no dia 17 de novembro, quando o conselho da OpenAI sumariamente demitiu Sam Altman, fundador e CEO da empresa. Os conselheiros alegaram que Altman não era mais “confiável”. Isso porque a OpenAI nasceu como uma organização sem fins lucrativos, para criar uma IA “que beneficiasse a humanidade”. Com o tempo, Altman percebeu que, se não criasse produtos comerciais para captar novos investimentos, a empresa não evoluiria. Foi quando se juntou à Microsoft!

O que se viu nos cinco dias seguintes foi uma reviravolta cinematográfica, com Altman recebendo apoio massivo dos funcionários da empresa e dos investidores, especialmente da Microsoft. Nesse curtíssimo tempo, reassumiu o cargo e o antigo conselho renunciou. No novo, a Microsoft ganhou um assento.

Por tudo isso, o ano que começou com uma mistura de deslumbramento e temor em torno da inteligência artificial termina com um debate fortíssimo em vários países, inclusive no Brasil, se essa tecnologia deve ser regulamentada. A preocupação é que, se empresas de redes sociais, que não respondem pelos problemas que causam, racharam sociedades ao meio, a IA poderia criar danos potencialmente muito maiores, se usada para o mal e sem nenhuma responsabilização dos usuários e das plataformas.

Com tudo isso, esse definitivamente não foi um ano típico na tecnologia! As mudanças promovidas pela inteligência artificial foram tantas e tão intensas que é como se todo esse debate estivesse acontecendo há muitos anos. Mas não: ele aconteceu todo em 2023. Portanto, não há como negar à inteligência artificial o título de tecnologia mais impactante do ano, para não dizer da década! Precisamos nos apropriar adequadamente dela!

 

Você sabe proteger seus filhos da publicidade?

By | Educação | No Comments

Foto: Michael Christian Parker/Creative Commons

Crianças não têm poder de compra. Entretanto, elas têm grande influência nos gastos de uma família. Mas quem as influencia naquilo que elas desejam comprar? Apesar de a publicidade infantil estar virtualmente banida no Brasil desde 2014, não se engane: ela continua existindo, porém travestida de formatos novos e muito mais eficientes. Diante disso, você sabe como proteger as suas crianças dessa nova publicidade?

Estudos indicam que crianças até os seis anos não seriam capazes de diferenciar um conteúdo editorial, como um programa de televisão, de uma propaganda. Além disso, só após os 12 anos seriam capazes de compreender o caráter persuasivo da publicidade. Em outras palavras, crianças seriam vítimas indefesas de campanhas que diriam o que comer, com o que brincar, o que vestir e muito mais. Essa é uma das bases para as legislações contrárias à publicidade infantil.

O debate se aprofunda por todos os lados. Já participei inclusive do Jornal da Cultura Debate, em um programa destinado ao tema. A íntegra em vídeo pode ser vista abaixo (27 minutos):


Vídeo relacionado:


Defensores da publicidade infantil argumentam que ela é essencial para que empresas de produtos direcionados a crianças se mantenham, como qualquer outro negócio. Além disso, o fim da publicidade infantil também estaria eliminando programas de TV, revistas e outros conteúdos infantis, que não teriam como se viabilizar sem o dinheiro da publicidade. Por fim, os defensores argumentam que o papel de dizer “não” a um eventual consumo desenfreado dos filhos caberia aos pais, e que, com o fim da publicidade infantil, eles ficariam livres dessa obrigação.

É aí que a porca torce o rabo.

 

Pais despreparados

O argumento de que os pais têm a responsabilidade para educar seus filhos até mesmo no que diz respeito ao consumo é válido, mas ele esconde alguns problemas.

O primeiro deles é que os pais não estão preparados para isso. Ou -o que é pior- em muitos casos, não quere fazer isso! O outro é que as crianças são mesmo indefesas e elas podem encontrar maneiras de consumir determinado produto, de um jeito ou de outro.

No primeiro caso, muitos pais, devido à vida moderna, andam bastante permissivos. Portanto, não dão à paternidade a devida atenção. Como a atenção aos filhos é reduzida, têm dificuldade de dizer “não”.  Ou nem mesmo sabem como fazer isso: acham que amar os filhos significa evitar-lhes frustrações.

Portanto, sim, em um mundo ideal, os pais seriam os educadores que ensinariam a seus filhos até onde o consumo deve ir. Mas isso não acontece hoje em muitos -talvez na maioria- dos casos. Mas isso não os desobriga de aprender a fazer isso! Esse é o motivo por que esse assunto precisa ser debatido de novo e de novo e de novo em todos os fóruns possíveis. Até que o conceito finalmente seja compreendido por todos, por mais que demore.

Sobre o segundo caso, do ponto de vista cognitivo, as crianças são mesmo presas fáceis da propaganda. E, por mais que os pais tenham uma boa atuação doméstica, elas ganham relativa autonomia cada vez mais cedo, até mesmo para adquirir produtos. Logo, elas poderão comprar o que viram na propaganda por conta própria, quando não estiverem com os pais, como na cantina da escola.

E o poder de convencimento tem sido intenso!

 

Criança influencia criança

De qualquer forma, com a legislação vigente, se a publicidade não está terminantemente proibida, ela desapareceu por uma regulação do mercado.

Ou havia desaparecido.

De uns anos para cá, como aliás, pode ser visto no vídeo acima, a publicidade infantil invadiu o YouTube. E não da forma como existia antes. Agora temos os “youtubers mirins”, crianças que às vezes mal sabem falar, gravando vídeos recheados com todo tipo de produto (especialmente brinquedos) que são apresentados como uma criança mostrando a outra algo que acabou de ganhar. E isso seria algo legítimo: afinal, todo criança gosta de mostrar aos amigos seus brinquedos novos.

Mas, nesse caso, os “amigos” são legiões de seguidores no YouTube, que chegam a ser contadas aos milhões! E essas crianças ganham muitos, às vezes dezenas de brinquedos toda semana, que mostram alegremente em seus vídeos, em um fenômeno chamado de “unboxing” (tirar da caixa). Em alguns casos, isso é feito com a ajuda dos pais, pois as crianças são tão pequenas, que não conseguem abrir as caixas ou “perdem o foco”: resolvem brincar com um brinquedo mostrado, ao invés de continuar abrindo mais e mais caixas.

Os pais desses pequenos, aliás, estão no centro desse fenômeno, pois costumam atuar como equipe técnica e empresários dos filhos, junto às empresas, que descobriram uma maneira de burlar as restrições e ainda passar uma mensagem extremamente convincente a seu público. Afinal, uma criança brincando ou comendo algo “por si só” convence outra criança a fazer o mesmo de maneira melhor que o mais brilhante comercial de TV.

Alguns desses vídeos informam que foram criados por patrocínio de empresas, o que não resolve em nada o problema. Outros têm a desfaçatez de afirmar categoricamente que não são publicidade, o que chega a ser um escárnio ao bom senso em alguns casos. Tanto que o Google, dono do YouTube, foi acionado por uma ação civil pública do Ministério Público de São Paulo na virada do ano. A ação, movida pelo Instituto Alana, ONG que cuida do desenvolvimento de crianças, pede, entre outras ações, a retirada de 105 vídeos de sete youtubers mirins, que somam 13 milhões de inscritos em seus canais.

 

O que você pode fazer

Legislações e iniciativas com a acima são bem-vindas para melhorar essa situação. Mas vocês, como pais, avós, tutores ou educadores, têm um papel essencial nesse processo. E os ganhos são múltiplos: não apenas ajudarão suas crianças a lidar com essa situação, como melhorará -e muito- seu relacionamento com eles.

A primeira coisa a fazer é não proibir. Isso não funciona! Como diz o ditado, “tudo que é proibido é mais gostoso”! Então, diante disso, a criança encontrará meios de burlar a proibição, e o tiro sairá pela culatra.

Em segundo lugar, estabeleça, desde bem cedo um canal de diálogo franco com os pequenos. Mas, para que isso funcione, deve ser bilateral: as crianças devem ter abertura total para que confiem nos pais, mas os pais também precisam confiar nas crianças. E isso deve ser em tudo! Se for exigida confiança de apenas um dos lados, não funcionará.

Por fim, desenvolva o gosto de fazer junto com as crianças as coisas que elas gostam de fazer: brincar, contar histórias, ler livros, ver filmes e desenhos, participar de jogos e games e -claro- assistir a vídeos no YouTube (que não tem nada de errado por si só).

São três pilares simples de entender, mas admito que não tão simples de realizar, ainda mais para pais que trabalham fora. Mas, oras, a paternidade é isso! E essas tarefas não precisam consumir muitas horas do dia. Se bem feito, alguns minutos podem fazer a diferença entre crianças saudáveis, independentes, conscientes e felizes e pequenos tiranos, que crescerão como adultos irresponsáveis, sem limites, incapazes de ter uma vida saudável e construtiva na sociedade.

E qual dos futuros vale a pena investir seu tempo?

 

E aí? Vamos participar do debate? Role até o fim da página e deixe seu comentário. Essa troca é fundamental para a sociedade.


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É incrível, mas tem gente que ainda não sabe usar o LinkedIn

By | Tecnologia | No Comments
“Quem não comunica se trumbica!” A célebre frase de Chacrinha define um bom uso do LinkedIn - Foto: divulgação

“Quem não comunica se trumbica!” A célebre frase de Chacrinha define um bom uso do LinkedIn

Você já pensou seriamente sobre o que você faz no LinkedIn? Mais que recursos exclusivos entre as redes sociais, a maior plataforma de caráter profissional do mundo oferece conteúdo de qualidade e um ambiente ótimo para se construir uma boa reputação profissional, até mesmo sem investir um centavo, resultando em empregos e negócios! Então responda honestamente a você mesmo: está tirando o máximo proveito que essa ferramenta lhe oferece?

Não é segredo que o LinkedIn ocupa um espaço importante em minha vida. Posso afirmar categoricamente que o tempo investido na rede tem se revertido em muitos contatos interessantíssimos e consequentes trabalhos. Não estou sozinho nisso: afinal são 31 milhões de usuários no Brasil! Mas eu fico impressionado ao notar que a imensa maioria dessas pessoas faz um uso limitadíssimo da rede. E também me questiono por que o Facebook tem 130 milhões de usuários no país e o LinkedIn tem “apenas” um quarto disso.

De forma alguma estou desmerecendo a rede do Mark Zuckerberg: também a uso intensamente. Mas é inegável que os propósitos das pessoas nas duas redes são diferentes, por mais que tenha ouvido, cada vez mais, que o LinkedIn esteja sendo “facebookado”, tese depreciativa que rejeito. No LinkedIn, os usuários têm um foco em aprender e compartilhar assuntos profissional ou socialmente relevantes, criar vínculos profissionais, promover produtos sem necessariamente investir em publicidade. Essa é a sua grande força, desperdiçada e até mesmo desconhecida pela massa de usuários.

Não me refiro às várias técnicas para criar um bom perfil, conhecer pessoas interessantes e ser visto por elas: elas existem mesmo e são muito úteis, até mesmo essenciais! Mas isso é apenas o começo da sua presença na rede. Limitar-se a buscar um bom perfil é como construir uma casa com uma fundação incrível, mas colocar nela as paredes.

 

Quem tem boca vai a Roma

O erro mais comum que observo é o de as pessoas acharem que o LinkedIn é um “site de currículos”, que serve apenas para procurar emprego. Acredito que esse seja um dos principais motivos para tanta gente boa não participar dele: afinal não estão procurando emprego.

Bem… o LinkedIn não é só isso!

Talvez em sua gênese, fosse. E é verdade que os dois empregos mais bem remunerados que já tive vieram dele. Mas tudo isso foi antes do “novo LinkedIn”, aquele que permitiu publicarmos conteúdo e elevaram os níveis de relacionamento qualificado a um patamar inédito.

Portanto, aqui vai uma grande dica, construída sobre aquelas obviedades da vida que todo mundo sabe, mas poucos praticam: rede social serve para sociabilizar!

Ridículo dizer isso? Nem tanto! A maioria dos usuários cria (bem ou mal) o seu perfil e nunca mais aparece ali. Não lê ou curte o que as pessoas estão publicando, não fala com ninguém, não recomenda seus amigos em seus perfis.

Sabe o que essa pessoa ganha com sua (falta de) participação no LinkedIn? NADA!

O motivo é muito simples. Quando não se tem nenhuma atividade na rede, a “relevância” do perfil para os algoritmos do LinkedIn desaba. Falando em português, sem atividade na plataforma, quando alguém procurar por um profissional com seu perfil, ele até será selecionado, mas ficará tão embaixo na relação de candidatos criada pelo sistema, que será a mesma coisa que não estar lá.

Então, se você já não faz isso, comece a desenvolver o saudável hábito de dar uma passadinha no LinkedIn todos os dias, ver o que as pessoas estão publicando ou comentando, participar das conversas, curtir o que acha que vale a pena, e ser generoso com seus contatos.

Afinal, já dizia o Chacrinha: “quem não comunica se trumbica!”

 

Mostre a que veio ao mundo

Mas o grande diferencial para criar uma boa reputação no LinkedIn e ficar sempre em evidência depende de seu altruísmo.

Isso mesmo! Poucas coisas são tão poderosas quanto participar da rede compartilhando o que você sabe, dando opiniões (embasadas) sobre publicações dos outros, conversando com as pessoas sobre esses temas e ajudando-as da melhor maneira possível.

A verdade é que a maioria das pessoas quer consumir algo (ou muito) na rede, mas poucos são aqueles que estão dispostos a oferecer algo em troca. E não estou dizendo aqui que é necessário ficar horas todos os dias no LinkedIn: claro que não! Mas todos os dias ficamos sabendo ou pensamos em algo que poderia ser útil a outras pessoas. Por que guardar tudo para si?

Compartilhe! Pode ser artigos, um material bem trabalhado, feito com pesquisa e mais longo, ou comentários rápidos a partir de algo que ficou sabendo. Os dois são importantes para construir uma boa reputação na rede, por diferentes motivos.

Os artigos têm vários pontos positivos. O primeiro deles é que você tem liberdade para desenvolver sua tese plenamente: não há restrição de espaço ou de uso de recursos multimídia, como vídeos, áudios e imagens. Além disso, eles ficam permanentemente associados aos nossos perfis no LinkedIn, sendo facilmente resgatados. Por conta de tudo isso, eles normalmente têm excelente engajamento (curtidas comentários, compartilhamentos). Mas a sua audiência é normalmente baixa, inclusive porque os algoritmos do LinkedIn diminuíram imensamente as suas ocorrências nos feeds de notícias dos usuários. Mesmo assim, os artigos são a melhor ferramenta para fundamentar a sua autoridade no seu campo de atuação.

Já as atualizações (ou posts) são o contraponto perfeito. Graças ao algoritmo de relevância, eles costumam ter uma audiência bastante grande, apesar de apresentarem engajamento proporcionalmente baixo. Além disso, são como estrelas cadentes: brilhantes, porém fugazes. Se os outros usuários os virem no dia em que foram publicados, ótimo! Caso contrário, provavelmente nunca mais terão essa chance. Portanto, as atualizações são ótimas para manter você em evidência na rede.

Dessa forma, o ideal é publicar artigos de vez em quando e atualizações frequentemente. Essa é a melhor combinação de qualidade com evidência!

Claro que ainda há a questão de o que e como escrever os artigos e as atualizações. Mas nem mesmo esse artigo seria suficiente para explicar. Fica para uma conversa comigo pessoalmente. É só marcar!

Com tudo isso, o LinkedIn é certamente a melhor ferramenta para você atingir seus objetivos profissionais e até pessoais. Pode ser seguramente a sua melhor mídia (e você nem precisa pagar por ela). Mas não existe almoço grátis: é necessário um perfil bem construído, relacionamento com as pessoas e produção de conteúdo.

Parece muito trabalhoso, parece demasiadamente difícil. Você pode até achar que não é para você. Mas acredite: é como aprender a andar de bicicleta! Todos podem fazer isso e, quando se aprende (e não demora), a coisa fica bem prazerosa. E recompensadora! O que está esperando?


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