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O isolamento nos transformou em pequenas emissoras de TV

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Nos últimos dias, temos assistido (literalmente) à explosão da quantidade de “lives” -transmissões de vídeos ao vivo nas redes sociais. Elas deixaram de ser uma moda entre adolescentes para se tornar uma poderosa ferramenta de negócios e de promoção de qualquer coisa.

O grande impulsionador disso é o isolamento social por conta do Covid-19. Como muita gente não sai mais de casa e eventos públicos estão proibidos, as “lives” se tornaram a melhor alternativa para conversar com seu público. Assim, as transmissões se multiplicam, com pessoas ensinando um pouco do que sabem, fazendo propaganda de seus serviços, reunindo grupos em torno de interesses em comum. E não podemos deixar de mencionar as “superlives”, shows online ao vivo -especialmente de artistas sertanejos- que têm reunido milhões de pessoas que os assistem ao mesmo tempo, um público que não caberia em nenhum espaço físico.

Por que as “lives” fazem tanto sucesso afinal? De onde elas vieram? E o que é preciso para fazer a sua?


Saiba mais sobre esse assunto no vídeo abaixo:


As “lives” começaram a ficar mais populares com o YouTube, que lançou o recurso em 2010. Depois vieram muitas outras plataformas, como o Twitch (mais focado em games, criado em 2011 e comprado pela Amazon em 2014) e o Periscope (criado em 2015 e incorporado depois pelo Twitter). E a coisa ficou mesmo popular quando o Facebook e o Instagram lançaram esse recurso em suas plataformas, em 2016.

Mas pouca gente sabe que transmissões ao vivo digitais existem desde antes da Web, quando a Internet ainda era um ambiente árido e restrito a cientistas e militares.

A primeira coisa que poderia ser chamada de “live” foi criada em 1991 por alguns estudantes da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Eles apontaram uma câmera para a cafeteira de um dos laboratórios da universidade, para saber se tinha café sem ter que ir até lá.

Depois que a Internet comercial foi lançada, em 1994, surgiu a primeira transmissão ao vivo regular de uma pessoa: a JenniCam. E que transmissão: ela durou incríveis sete anos e oito meses!

Em 3 de abril de 1996, Jennifer Ringley uma estudante de economia da Universidade Dickinson, na Pensilvânia (EUA), então com 19 anos, ligou uma câmera no seu dormitório estudantil, que transmitia em tempo real tudo que ela fazia lá. Na maior parte do tempo, o quarto estava vazio, mas a câmera chegou a capturar até cenas de sexo da estudante. Cerca de 4 milhões de pessoas assistiam à vida de Jennifer no seu quarto, o que é impressionante, se considerarmos que existiam apenas 36 milhões de internautas no mundo na época. Isso a transformou na primeira celebridade digital.

Mas isso é história. As “lives” hoje duram de poucos minutos a algumas horas e transmitem desde conversas de amigos até shows superproduzidos.

Por exemplo, no último dia 4, a dupla sertaneja Jorge e Mateus fez um show em uma “live” que durou quatro horas e meia e teve 3,1 milhões de pessoas assistindo ao vivo, um recorde absoluto no YouTube. Mas esse recorde foi ultrapassado apenas quatro dias depois, no show da “Rainha da Sofrência”, Marília Mendonça, que juntou 100 mil pessoas a mais na sua “superlive”.

Além de arrecadar uma enorme quantidade de doações para a luta contra o novo coronavírus, as “lives” foram patrocinadas. Uma fonte de uma agência de publicidade afirma que uma delas levantou, só em merchandising, R$ 5 milhões! Nada mal para algo feito com uma produção relativamente barata, incrivelmente mais simples que a estrutura de qualquer show em um estádio.

É importante que fique claro que esses artistas já tinham uma presença bem forte nas redes sociais antes de tudo isso. Marília Mendonça, por exemplo, tem mais de 30 milhões de seguidores no Instagram.

Mas não só de “superlives” de artistas vive o período de distanciamento. Tenho visto uma explosão de oferta desse formato, especialmente no Instagram, de “lives” de todo tipo. São pessoas ensinando algo, oferecendo serviços, fazendo propaganda de seu trabalho ou simplesmente “fazendo um social” de dentro do seu distanciamento.

Não se trata mais de uma coisa restrita a adolescentes ou nerds. As “lives” vieram para ficar e estão se transformando em uma nova linguagem, uma nova forma de comunicação. E são muito fáceis de serem produzidas: basta um celular e uma conta em uma das plataformas já citadas. E é tudo grátis!

O poder do vídeo interativo é inegável. Aliás, a interatividade é uma das características das “lives”. Diferentemente dos vídeos gravados, as “lives” permitem que o público deixe seus comentários nelas em tempo real. E o dono da “live” ou sua equipe podem responder, também em tempo real. É comum também que as pessoas que estão assistindo à “live” acabem conversando entre si.

Essa dinâmica é algo que não existe em nenhuma outra mídia, e é muito interessante! Isso é diferente de uma videoconferência, outra coisa que também já existe há muito tempo e que ganhou força com o distanciamento social. Sim, as videoconferências também são transmissões de vídeo ao vivo, com várias pessoas interagindo. Mas, ao contrário das “lives”, elas não são públicas. Por isso, normalmente são usadas para reuniões de trabalho ou aulas. Já as “lives” são totalmente abertas, e quanto mais gente entrar, melhor, mesmo que sejam desconhecidos.

Até grandes eventos estão se transformando em “lives”. Por exemplo, dois megaeventos da área de tecnologia que costumo cobrir e que aconteceriam agora no início de maio, foram convertidos em uma sequência de “lives”. O primeiro é o Red Hat Summit, que aconteceria esse ano em San Francisco (EUA), e agora será online, nos dias 28 e 29 de abril. O outro é o SAP Sapphire Now, que seria em Orlando (EUA), e acontecerá online nos dias 12 a 14 de maio. São congressos que reuniriam, em um único espaço, mais de 15 mil pessoas, e agora potencialmente juntarão muito mais gente online!

Muitos outros eventos importantes estão acontecendo dessa forma. Eu mesmo tenho dado palestras em eventos, agora sem sair de casa.

O fenômeno é tão intenso que muita gente está creditando às “lives” uma sobrecarga sentida na Internet nos últimos dias. Afinal, elas acontecem, na maioria dos casos, no mesmo horário: no fim da tarde ou começo da noite. E, como expliquei na semana passada, existe mesmo um enorme pico de uso da Internet entre 15h e 21h, mas não podemos creditar isso apenas às “lives”.

É curioso que, nesse momento em que todos podem praticamente se tornar pequenas emissoras de TV, vejo que os veículos de comunicação, inclusive as próprias emissoras de TV, não estão aproveitando esse recurso. Talvez achem que não precisem disso, pois já têm os seus formatos consolidados. Mas é uma pena, pois as “lives” são mais que uma curiosidade online: elas são uma verdadeira linguagem nova do tempo em que vivemos.

Eu mesmo tenho usado o formato para criar um programa jornalístico, aproveitando a sua característica interativa. O Jornal da Live vai ao ar toda quinta no LinkedIn, onde sou um dos poucos brasileiros já autorizados a fazer essas transmissões, que ainda estão em teste na plataforma. O programa dura cerca de uma hora e nele eu discuto algumas das notícias mais importantes do momento com todos os participantes, um jeito totalmente novo de se fazer jornalismo, com uma participação inédita e intensa do público!

Tudo isso é sinal do que vivemos. O novo coronavírus e o isolamento social têm provocado intensas e rápidas mudanças na vida das pessoas e das empresas. Muitas pessoas têm me perguntado recentemente se a vida será a mesma depois que isso tudo passar. Certamente não! Já não é a mesma!

Muitas coisas que estamos aprendendo agora, às vezes de maneira dolorosa, permanecerão depois. E as “lives” certamente estarão entre elas. Mais que exibicionismo, elas mudaram a maneira como nos relacionamos e criaram uma nova linguagem.

E aí, vamos criar “lives”?

Batemos no limite da Internet?

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Desde a semana passada, muitas pessoas vêm relatando diversos problemas com a Internet. Eles vão desde falhas em conversas por vídeo, serviços online de todo tipo ficando mais lentos ou caindo, piora em plataformas de vídeo e até demora para enviar mensagens no WhatsApp.

É fácil explicar o problema! Com o distanciamento social, com muita gente trabalhando em casa, sem falar nas crianças e adolescentes confinados, o consumo na rede cresceu muito! Isso acontece não só porque as pessoas estão usando todo tipo de sistema para trabalhar e estudar, mas também porque a diversão cada vez mais migra para as redes.?


Saiba mais sobre esse assunto no vídeo abaixo:


Será que a gente bateu no limite da Internet? O que a gente pode fazer para melhorar isso?

Para responder isso, a gente precisa entender como a transmissão de dados na Internet funciona e qual o tamanho do problema.

Segundo o IX.br (Brasil Internet Exchange), divisão de infraestrutura do Comitê Gestor da Internet no Brasil, a infraestrutura brasileira da rede apresentou um tráfego de 11 Tb/s já no dia 23 de março. Para se ter uma ideia de quanto isso é fora do normal, a média registrada ao longo de 2019 foi de 4,69 Tb/s.

Claro que existe um aumento natural do consumo de Internet, e ele é forte, como se pode ver nos dois gráficos a seguir, do próprio IX.br. O primeiro mostra o crescimento ao longo dos últimos doze meses; o seguinte, ao longo dos últimos dez anos. Em ambos, fica claro o pico a partir de março agora.

Outra coisa que se observa é uma evidente mudança do consumo ao longo do dia, como pode ser visto no terceiro gráfico. Na Internet doméstica, existia um pico logo de manhã e outro à noite, ou seja, antes de as pessoas saírem de casa para o trabalho ou a escola e depois que voltavam.

Agora esse pico da manhã se transforma no início de uma subida ininterrupta que vai até às 13h, quando o uso se mantém lá no alto. Daí cresce ainda mais a partir das 19h, batendo no máximo do dia lá pelas 21h, quando começa a cair com força, atingindo um mínimo lpor volta de 6h, quando começa tudo de novo.

Alguns podem argumentar que o aumento do tráfego doméstico é compensado pela queda do tráfego nas empresas. Mas isso é apenas meia-verdade. Isso porque muitas, muitas atividades que são feitas hoje online em casa antes eram feitas presencialmente nas empresas e nas escolas.

E o problema se agrava por dois motivos. O primeiro é uma explosão no uso de serviços digitais, desde filmes online até pedir comida por aplicativo. O segundo é que a estrutura da Internet nas casas não costuma ser tão boa quanto a das empresas. Ou seja, o crescimento do tráfego esperado por todo ano aconteceu em uma semana.

Mesmo com tudo isso, segundo o Comitê Gestor da Internet, a rede no Brasil é bem robusta e ainda opera com folga. Então por que estamos sofrendo isso tudo?

Temos que entender que existem diferentes redes compondo a Internet. Partindo da sua casa ou de empresa, existem as redes de acesso, que se conectam às operadoras contratadas. A partir delas, os dados são trafegados entre servidores em conexões mais parrudas, chamadas de backbones nacionais. Por fim, entre países, existem as conexões internacionais.

Com exceção das primeiras, que conectam nossas casas e empresas, nas demais existem esquemas de redundância, ou seja, se uma rota estiver congestionada, os dados automaticamente vão por outro caminho. Ele pode ser mais longo, demorará um pouco, porém entregará a informação.

Entretanto, na chamada “última milha”, a rede que chega em casa ou no escritório, isso não existe. E quanto mais pessoas e quanto mais equipamentos se pendurarem nessas redes, pior! É como se tivéssemos mais carros ao mesmo tempo em uma avenida estreita e sem vias alternativas: mais carros geram congestionamento e velocidades menores, o mesmo acontece com os dados.

A situação se agrava quando nos afastamos dos grandes centros urbanos. Na verdade, se você for para a periferia de uma cidade como São Paulo, a qualidade da Internet fica sofrível, tanto a fixa quanto a móvel, pois a infraestrutura é obsoleta ou insuficiente.

Se qualquer uma dessas redes fica congestionada, sofremos o impacto com lentidão e serviços caindo.

Há ainda um outro fator que pode causar isso, e provavelmente é onde a maior parte do problema está agora: os servidores dos serviços digitais. Qualquer serviço online roda em um computador -seu servidor- que tem capacidade finita, claro. E essas máquinas estão fortemente sobrecarregadas.

Ou seja, o caminho saindo de nossos celulares, nossos computadores, nossas TVs e tudo mais que conectamos à Internet até os servidores dos serviços que usamos está “segurando as pontas”, mas os servidores desses serviços não estão “aguentando o tranco”.

A lentidão tem sido observada até em serviços singelos, como trocas de mensagens pelo WhatsApp. Em serviços que exigem mais dados e processamento, como videoconferências e vídeos online, a coisa fica mais dramática.

E por falar em vídeos, quero falar das lives, as transmissões ao vivo que qualquer um de nós pode fazer em serviços como Instagram, Facebook ou YouTube. A oferta delas explodiu nos últimos dias, sejam de famosos, sejam de anônimos. Tenho ouvido reclamações de que a maioria dessas transmissões é muito ruim, com pessoas consumindo a rede apenas para jogar conversa fora.

Pode até ser verdade, mas temos que tomar cuidado ao apontar dedos. Primeiramente porque todo mundo tem o mesmo direito de usar esse recurso. Depois porque, nesse momento de distanciamento social, as lives acabam sendo uma boa maneira de apresentar o seu trabalho. E nem todo mundo domina a tecnologia ou a narrativa para fazer lives incríveis. A maioria está aprendendo a fazer isso agora, e “na marra”!

Diante de tudo isso, o que a gente deve fazer para melhorar a experiência online de todos?

Cada um tem seu papel e todos devem colaborar, começando pelas operadoras de telecomunicações. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) firmou um compromisso público com as principais empresas provedoras para manter o país conectado. A agência vai monitorar o tráfego e, junto com as operadoras, tomar ações para resolver problemas que surjam. As teles também trabalham nos sistemas para desviar dados de rotas congestionadas para alternativas mais vazias no momento.

Quanto aos serviços online, precisam ajustar suas entregas e ampliar seu parque de servidores. O Google, por exemplo, já reduziu a qualidade dos vídeos do YouTube de alta definição para padrão. A Netflix fez algo semelhante, economizando 25% da banda e o mesmo foi praticado por alguns concorrentes, como Amazon Prime Video e Globoplay. Até o WhatsApp se mexeu: o sistema limitou os vídeos nos status de seus usuários na Índia, onde é muito popular, a 15 segundos.

Por fim, nós mesmos. Como todo recurso que está escasso, precisamos fazer um uso inteligente dele. Claro que não estou pedindo para não usar o meio digital nesse momento, pelo contrário. Mas use apenas o que for preciso ou razoável. Se possível, divida o uso da Internet pelas pessoas na casa ao longo do dia. Além disso, tente realizar atividades que exigem mais da rede fora dos horários de pico.

São medidas simples, mas que podem trazer um alívio para a rede e par nossas mentes, aumentando a produtividade nesses dias em que estamos sendo obrigados a repensar muito de nosso cotidiano.

Quer trabalho? Volte à escola!

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Com o avanço do coronavírus, cada vez mais empresas estão adotando o home office e escolas estão suspendendo suas aulas para evitar o contato social, em uma tentativa de conter o contágio. Mas, a despeito de praias lotadas nesse domingo, não são férias!

Muita gente se depara com um novo tempo livre, nem que seja por escapar das horas no trânsito. Cada um encontra o que fazer com isso.

Que tal voltar a estudar?


Saiba mais sobre esse assunto no vídeo abaixo:


Seguindo o IBGE, 2019 terminou com 11,6 milhões de desempregados no Brasil, apenas 300 mil a menos que no ano anterior. Além deles, havia 4,6 milhões de desalentados, pessoas que simplesmente desistiram de procurar emprego depois de muito tentar. A situação só não é mais dramática porque a informalidade ajudou: são 38,4 milhões de brasileiros nessa situação, que representa empregos de baixa qualidade.

Se já não bastasse isso, há o temor de que seu emprego desapareça porque a função terá sido substituída por um robô. E não se engane: o que puder ser automatizado será! Aliás, isso já está acontecendo.

Precisamos aprender coisas que ainda não sabemos! Temos que conviver com as pessoas de uma maneira mais colaborativa, empática, construtiva, observar o mundo com outros olhos! Até porque, dessa forma, nós mesmos poderemos criar novos trabalhos.

Por exemplo, da lista das 15 profissões em alta no Brasil em 2020, segundo o LinkedIn, dois terços delas simplesmente não existiam há apenas uma década. Em quantas delas você poderia atuar? Quantas dessas você sabe o que é?!?!

A boa notícia é que dá para entrar em muitas delas com um pouco mais de estudo a partir de muitas “profissões convencionais”. Talvez muitas deles você já tenha.

Mas, de novo, precisamos de pessoas capacitadas para essa tarefa. Uma boa faculdade e falar inglês já não resolvem. E, à medida que o tempo passa, mais dramática a “obsolescência profissional” fica.

Mas então o que estudar? E onde?

Nessas horas, uma instituição de ensino e profissionais de grande reputação fazem uma enorme diferença. Quanto aos formatos, temos para todos os gostos. Cada um deles tem suas características, vantagens e desvantagens.

Por exemplo, mestrados e doutorados são as melhores opções para quem busca criar algo novo, desenvolver uma visão refinada de sua área de conhecimento. Infelizmente, são longos e caros, duas coisas que afastam muita gente. O que é uma pena, pois são cursos incríveis, para formar profissionais realmente diferenciados!

A seguir, vêm as especializações e os MBAs, que criam um profissional com capacidades analíticas ampliadas no seu segmento. Por isso, são muito valorizados pelo mercado. Mas também duram de um a dois anos.

Para quem não tem tanto tempo ou dinheiro para investir, há excelentes opções em cursos livres e cursos de extensão. Hoje encontramos cursos muito consistentes de dez horas, por exemplo! Eles ensinam uma coisa pontual, claro. São ótimos para incrementar alguma habilidade ou, talvez, suprir uma deficiência. Cursos de extensão, um pouco mais longos, de 30 a 40 horas, permitem uma visão mais ampla de um tema específico, com conteúdos atualizados e de aplicação imediata no cotidiano profissional. Permitem ainda que os alunos, que já são profissionais, façam um ótimo networking. Isso traz vários ganhos, especialmente para aqueles com mais tempo de carreira, que têm contato com “conteúdos frescos”.

Há, por fim, as mentorias, que podem ser feitas em grupos de profissionais ou de maneira individual. O mentor é um profissional de reconhecida experiência que ajuda a outros a se desenvolver e atingir um novo patamar. Uma vantagem importante é que o serviço é bem personalizado.

Portanto, por mais paradoxal que pareça, se você deseja garantir seu trabalho hoje e no futuro, pare de pensar no emprego e comece a pensar em você!

Ninguém está seguro! No primeiro momento em que a empresa achar que suas habilidades já não são mais suficientes ou seu cargo ficou anacrônico, será dispensado!

Além disso, sem querer fazer um trocadilho infame, um “pé na bunda” no trabalho pode ser o pontapé inicial para você criar uma nova carreira, muito melhor para você. Mas, só se você estiver bem preparado!

Com a crise do coronavírus, muitas escolas estão interrompendo suas aulas. Aproveite esse tempo para pesquisar os cursos que mais lhe atendem! As restrições a circulação logo vão diminuir. Esteja com sua matrícula feita quando isso acontecer!

Além disso, esse pode ser um ótimo período para fazer, por exemplo, mentorias, que podem ser presenciais ou online. Não há nenhuma restrição a isso! Aproveite as horas diárias que você ganhou do trânsito para desenvolver novas habilidades.

Precisamos assumir o protagonismo de nossas vidas! Temos que querer melhorar, por nós mesmos e por quem está a nossa volta.

E aí, vamos à escola?

Coronavírus empurra profissionais para trabalhar em casa

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Com o avanço do coronavírus, muitas empresas, inclusive no Brasil, estão incentivando pelo menos parte de seus funcionários a adotar o home office, ou seja, trabalhar em casa e não no escritório. O raciocínio é simples: se a pessoa fica mais em casa, diminui o risco de um eventual contágio entre colegas ou em ambientes externos, como no transporte público.

A tecnologia ajuda nessa tarefa. Internet mais rápida e barata, e sistemas de colaboração avançados permitem um trabalho remoto cada vez mais eficiente. Mas, para o home office dar certo, é preciso muito mais que isso: o profissional deve ter disciplina e estar adaptado a essa modalidade de trabalho, o ambiente na sua casa deve ser favorável a isso e a empresa também precisa estar pronta para sua implantação.


Saiba mais sobre esse assunto no vídeo abaixo:


Nesse domingo, a Itália decretou quarentena no norte do país, afetando inclusive as cidades de Milão e Veneza. Ninguém entra nem sai da região, que é a mais importante para a economia do país, a menos que estritamente necessário.

As pessoas não estão confinadas a suas casas, mas a recomendação é que saiam o mínimo possível. A medida afetou 16 milhões de pessoas, cerca de 30% da população italiana. É a mais extrema tomada fora da China, país onde tudo começou e que concentra 73% dos casos no mundo.

E se amanhã a sua empresa chegasse para você e dissesse: “de agora em diante, você vai trabalhar de casa!” O que você acharia disso?

A verdade é que para que um home office funcione, ele precisa que a empresa, o seu ambiente e você mesmo estejam alinhados com essa proposta.

Tem gente que simplesmente não consegue trabalhar em casa! O home office exige uma certa disciplina. Alguns se esquecem que aquilo é trabalho, só porque estão em casa, e fazem tudo sem comprometimento.

Como qualquer trabalho, o home office deve ter hora para começar e para terminar. Deve ser feito com afinco e seriedade. E em caráter contínuo. Claro que algumas pausas podem -e devem- ser feitas. Assim como acontece no escritório. Mas isso não quer dizer parar o trabalho para ir ao cinema no meio do expediente.

Por outro lado, também é importante sair de casa de vez em quando. De preferência uma vez ao dia. Ver gente é importante! Escolha uma parte do trabalho que possa ser feita, por exemplo, em um café. Uma boa dica é fazer reuniões com clientes presencialmente, fora de casa, que pode ser até no café ou na empresa dele.

Outra grande dica é você se arrumar para o home office. Exatamente como se estivesse indo ao escritório. Nada de ficar trabalhando de pijama! Quando você se veste adequadamente para o home office, você passa uma mensagem ao seu cérebro que você entrou no “modo de trabalho”. E isso faz uma enorme diferença!

Outro item fundamental nessa disciplina é que você deve ter também a hora de parar! Muita gente simplesmente não para de trabalhar. Na verdade, esse comportamento bizarro se observa cada vez mais também nos escritórios, especialmente entre os mais jovens. Não pode! O corpo e a mente precisam de descanso.

O segundo item se refere ao seu ambiente de trabalho em casa.

Primeira coisa: nada de trabalhar na cama! Isso é imperdoável!

Você deve ter um local na casa em que você possa associar ao trabalho. Um lugar só seu, em que você encontra tudo que precisa para realizar suas tarefas. Tem que ser confortável, pois você passará muitas horas ali.

Esse lugar deve ser também livre de distrações. Cuidado com coisas como música e TV. Procure deixar tudo desligado, a menos que precise disso para o desempenho de suas funções.

Evite também interrupções de outras pessoas da casa, especialmente crianças. E até de animais de estimação. Crie um mecanismo para se “blindar” dessas interferências. O ideal seria ter um cômodo dedicado ao home office, onde possa fechar a porta. Tendo isso ou não, combine com as outras pessoas da casa que, no horário de trabalho, você só deve ser interrompido se for absolutamente necessário.

Naturalmente, você também tem que fazer pausas para as refeições durante o home office. Além do almoço, tenha à disposição alguma coisinha para beber ou mastigar de vez em quando, especialmente nos momentos de tensão, que eventualmente aparecem. Mas escolha opções saudáveis!

Por fim, a sua empresa também precisa contribuir para o sucesso do home office de seus funcionários. Primeiramente, ela deve acreditar nessa modalidade de trabalho e querer fazer isso de verdade. Deve ter processos para garantir o sucesso do home office, como garantir a dinâmica do trabalho e que seus funcionários tenham tudo necessário para realizar bem suas funções.

Naturalmente, deve existir apoio da chefia. Claro que a performance deve ser cobrada, de maneira natural e sem diferenciação. O home office não pode ser encarado como um “trabalho de segunda categoria” e nem como um “benefício indevido”, que depois será cobrado do funcionário.

E uma coisa muito importante: seus colegas não podem se “esquecer” de você. E nem você deles! Quando não estamos no escritório, inevitavelmente perdemos informações que chegariam pelo simples burburinho do ambiente. E até a intimidade e confiança pode diminuir pela distância. Use bem os recursos de comunicação para se fazer presente, até mesmo nos momentos informais. E encontre-se com seus colegas quando puder.

O home office pode ser bem bacana e produtivo, seja por causa do coronavírus ou não.

É só fazer direito!

A busca pela verdade

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Como você se informa? Será que a fonte é confiável ou você está sendo enrolado?

A verdade é essencial para a manutenção da vida e para que possamos nos desenvolver como pessoas e como profissionais. Entretanto, muitas pessoas preferem encontrar mentiras confortáveis para pautar suas decisões.

A busca pela verdade passa pela escolha de nossas fontes de informação. Estudo da Universidade de Oxford (Reino Unido) e do Reuters Institute for the Study of Journalism indica que o brasileiro é o povo que mais se preocupa com as “fake news” no mundo (85%). Paradoxalmente, é um dos que mais se “informa” com fontes pouco confiáveis, como WhatsApp e Facebook (53%). O estudo também indica que a imprensa é a fonte preferida por pessoas com mais escolaridade e em ambientes menos polarizados política ou ideologicamente.

E isso faz todo o sentido! Em países com governos autoritários, como os Estados Unidos, a Venezuela e o Brasil, a imprensa vem sendo fortemente combatida e desacreditada pelos governantes, que querem terreno livre para fazer o que bem entenderem. Claro: uma das principais funções da imprensa é justamente fiscalizar desmandos dos poderosos.

Muitos podem argumentar que a imprensa não é confiável, por ser falha e até “vendida”. Não se pode generalizar! É verdade que algumas empresas de comunicação fazem um mau trabalho, deixando de servir o público. Mas essas estão quebrando! Em contrapartida, há muitos veículos que buscam a verdade com apurações bem feitas, com ética e com seriedade. Esses representam ótimos caminhos para quem busca a verdade.

Veja no meu vídeo abaixo como identificar fontes confiáveis que podem ajudar você a também buscar a verdade. E depois compartilhe conosco nos comentários suas percepções sobre esse cenário em que vivemos.



Assista ao meu vídeo da semana passada, que explica tudo sobre “deep fake” a tecnologia que está se popularizando e permite a criação de vídeos absolutamente convincentes com pessoas fazendo e falando coisas que nunca fizeram. A tecnologia é impressionante, mas cria uma série de preocupações éticas: https://www.linkedin.com/posts/paulosilvestre_deepfake-fakenews-fraude-activity-6619912426118750209-Qg6Y

Veja o resumo do “Digital News Report 2019”, feito pelo Media Lab Estadão. O estudo é realizado anualmente pela Universidade de Oxford e pelo Reuters Institute for the Study of Journalism, sobre o consumo de notícias digitais nos principais países: https://on24static.akamaized.net/event/20/39/69/5/rt/1/documents/resourceList1562351951904/ebookv61562351865480.pdf

Quer ouvir as minhas pílulas de cultura digital no formato de podcast? Você pode me encontrar no Spotify, no Deezer ou no Soundcloud. Basta procurar no seu player preferido por “Macaco Elétrico” e clicar no botão “seguir” ou clicar no ícone do coração. Se preferir, clique nos links a seguir:

Jesus Cristo (Gregório Duvivier) e seu amigo gay (Fábio Porchat), na sátira “A Primeira Tentação de Cristo”, do Porta dos Fundos - Foto: reprodução

Marchamos firmemente para o inferno

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Nunca pensei que escreveria um artigo como esse apenas um dia após o Natal, mas acontecimentos recentes exigem um posicionamento rápido e enérgico.

Em pleno dia de Natal, começou a circular no WhatsApp e no YouTube um vídeo do autointitulado “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira”, em que se vê integrantes do grupo atirando três bombas incendiárias caseiras contra a sede da produtora do humorístico Porta dos Fundos, no bairro de Humaitá, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, que o comparou com imagens de câmeras de segurança, ele é autêntico.

O atentado terrorista aconteceu na madrugada do dia 24. Felizmente não houve vítimas, e o incêndio foi controlado por um segurança do local.



Os criminosos afirmam em seu vídeo que o ataque é uma represália ao filme “A Primeira Tentação de Cristo”, produzido pelo Porta dos Fundos e disponível na Netflix desde o dia 3 de dezembro. Na sátira de 46 minutos, Jesus Cristo, interpretado por Gregório Duvivier, volta do jejum de 40 dias no deserto com um amigo, vivido por Fábio Porchat, com quem viveria um romance gay.

A 10ª DP (Botafogo) investiga o caso como crime de explosão, que pode ainda ser enquadrado na Lei Antiterror, por usar explosivo “por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião” com o objetivo de “provocar terror social”.

A Frente Integralista Brasileira divulgou nota em seu site negando qualquer vínculo com os criminosos, e afirmando que integralistas não usam máscaras em suas ações.

Surge então a pergunta: quem são essas pessoas e por que fazem isso?

Tempos de intolerância

Quando li a primeira notícia sobre o atentado terrorista pensei imediatamente: “je suis Charlie”. A frase surgiu em 2015, após o atentado ocorrido no dia 7 de janeiro daquele ano contra a sede da revista semanal satírica francesa Charlie Hebdo: fundamentalistas islâmicos atiraram com fuzis contra a equipe e policiais, matando 12 pessoas e ferindo gravemente outras cinco.

O crime foi uma nova retaliação contra a edição de 2 de novembro de 2011, que apresentava, na capa, uma charge do profeta Maomé como redator-chefe, dizendo “100 chicotadas se você não morrer de rir”. Antes desse fatídico ataque, a revista havia sido atacada com uma bomba incendiária, no mesmo mês da edição acima.

Estamos caminhando para isso aqui no Brasil? Possivelmente!

Surgido ainda na Antiguidade, o humor, por vezes, atua no limite dos costumes e pode flertar perigosamente com temas delicados. Nem por isso deve ser censurado e muito menos humoristas devem ser atacados.

Tenho amigos que se sentiram ofendidos e tenho amigos que riram muito com o filme do Porta dos Fundos. Mas obviamente os primeiros nunca cogitaram um ataque à empresa ou aos humoristas, pois são pessoas decentes e inteligentes, e sabem que um ataque como esse contrariaria a própria fé. Até onde sei, nenhum deles sequer utilizou um instrumento socialmente legítimo para isso, que é recorrer à Justiça. Entenderam que fazer campanha contra o filme em seus círculos pessoais seria o suficiente.

Houve, sim, um abaixo-assinado online pedindo a retirada da produção da Netflix. E, no dia 19, a Justiça do Rio negou liminar a um pedido semelhante. A decisão foi tomada por não haver motivos legais para isso e que isso configuraria “inequivocamente censura decretada pelo Poder Judiciário”.

Esse é o caminho que deve ser seguido por uma sociedade organizada e evoluída.

Vale lembrar que algumas das ditaduras mais sanguinárias da história começaram conquistando apoio popular ao defender uma suposta “moral e bons costumes”. Algumas dessas ditaduras foram eleitas democraticamente, outras chegaram ao poder com golpes de Estado. Impossível não pensar na ascensão do nazismo de Hitler, ou do socialismo soviético consolidado com Stalin, que se apoiaram no povo para fazer valer seu ponto de vista. E quem pensasse de maneira diferente era preso ou, de preferência, morto.

A Justiça deve combater exemplarmente esse tipo de crime, especialmente em um momento em que diferentes governos conservadores incentivam ações extremistas contra tudo e todos que se posicionem contra seus interesses. Eles ganham força pela manipulação de grandes massas populares, que inocentemente acreditam estar defendendo valores nobres.

A imprensa vem sendo atacada sistematicamente, em especial quando faz bem seu trabalho essencial de fiscalizar o governo. Cientistas são desacreditados por demonstrar, de maneira irrefutável, temas que contrariam os interesses de poderosos. Professores são perseguidos e agredidos por grupos conservadores por questões ideológicas. E até as artes são atacadas por aqueles que se acham no direito de julgar e punir sob a sua própria visão distorcida do mundo.

É exatamente o mesmo mecanismo criado pelos nazistas. Por isso, tenho medo de que, muito em breve, assistamos a pessoas literalmente queimando “livros subversivos” ou “arte degenerada” em praça pública.

Quando isso acontecer, aí sim teremos chegado ao inferno.


E aí? Vamos participar do debate? Role até o fim da página e deixe seu comentário. Essa troca é fundamental para a sociedade.


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Super-herói precisa de Facebook?

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Essa é para rir! Mas também podemos aprender algo.

Super-herói precisa de Facebook?

Joinville agora tem seu herói: o Escudo Negro! Ele se anunciou em um perfil na rede do Zuckerberg há alguns dias, com um post com vários erros grosseiros, como dizer que vai “atrás de maus feitores, criminosos, usuários, etc” e que seu “Rob é lutar contra o crime”.

Depois de ganhar notoriedade local, com cerca de 1.500 compartilhamentos e até vários usuários (eita!) se oferecendo como ajudante, o perfil saiu do ar. Ninguém sabe quem é o Escudo Negro, se ele continua na ativa ou se a repentina fama estragou seus planos.

Mas, quando soube dele, a primeira coisa que pensei é por que um herói precisaria de uma rede social. Alguém já imaginou o Batman no Twitter ou o Homem-Aranha no Instagram?

Não se sabe se foi uma brincadeira, ou golpe publicitário ou só um maluco, mas muita gente hoje vive em busca de exposição, para suprir diferentes carências. As redes sociais são ótimas para isso, mas alguns exageram na dose, e usam inadequadamente o recurso. E assim acabam matando uma boa ideia (não parece ser o caso aqui).

Aguardo agora o perfil do Escudo Negro no LinkedIn. Que título ele se dará? Senior Night Law Enforcer? 😉

Você confiaria a sua vida a um super app?

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Caminhamos a passos largos para um momento em que a Siri, dos iPhones, e o Google Assistente, dos Androids, serão substituídos por sistemas muito mais poderosos, que saberão quase tudo sobre nós, e serão capazes de tomar decisões complexas e até negociar valores em nosso nome. Nesse futuro próximo, a nova geração de assistentes virtuais evoluirá a partir dos atuais “super apps” (como o WeChat), acrescentando uma grande dose de inteligência artificial, análises preditivas, linguagem natural, big data.

Parece muito bacana -e é! Mas esses sistemas levantam algumas questões éticas e comerciais. Com tanto poder concentrado, eles serão capazes de impactar fortemente a “jornada do cliente”, até mesmo determinando o que consumiremos e como.

E aí a coisa fica complicada.

Diante disso, que garantia teremos que esses sistemas sempre tomarão as melhores decisões para nós, e não para atender interesses ocultos de seus fabricantes ou de seus parceiros comerciais? Entretanto, se não confiarmos nas assistentes, a sua “mágica” desaparece.

Para completar, em agosto do ano que vem, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) começa a valer. Ela disciplinará não apenas a coleta de nossas informações, como também o uso que será feito delas, determinando que tudo deve ser explicitamente autorizado pelo usuário antes. Como esses sistemas, que se esbaldarão e cruzarão nossas informações mais íntimas, serão impactadas pela lei?

Uma coisa é certa: o futuro é inevitável! Quando esses sistemas estiverem disponíveis, daqui uns três anos, devem ser rapidamente adotados. Veja no meu vídeo abaixo o que você precisa saber para aproveitar bem novidades assim. E depois compartilhe conosco suas percepções nos comentários.



Quer ouvir as minhas pílulas de cultura digital no formato de podcast? Você pode me encontrar no Spotify, no Deezer ou no Soundcloud. Basta procurar no seu player preferido por “Macaco Elétrico” e clicar no botão “seguir” ou clicar no ícone do coração. Se preferir, clique nos links a seguir:

Spotify: https://open.spotify.com/show/5qusvjLXpXtkV0urqvWaKA

Deezer: https://www.deezer.com/br/show/383802

Soundcloud: https://soundcloud.com/macacoeletrico

Se quiser usar seu aplicativo de podcast preferido, cadastre nele o endereço http://feeds.soundcloud.com/users/soundcloud:users:640617936/sounds.rss

Diversidade importa!

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Como anda a diversidade na sua vida?

No seu trabalho e entre seus amigos, há pessoas de diferentes etnias, gêneros, orientações sexuais, idades, classes sociais? Se tiver pouco, sugiro que amplie isso.

Diversidade não é só uma moda, e não deve ser usada de maneira displicente. Se todos os inegáveis benefícios sociais já não fossem suficientes para todos terem um olhar sério e amplo sobre o tema, nos cercarmos com pessoas (muito) diferentes de nós nos ensina a sermos pessoas melhores, a resolvermos problemas mais complexos, a identificar oportunidades de todos os tipos.

Quando trazemos isso para os negócios, equipes diversas tornam nossos produtos muito mais competitivos por um motivo muito simples: nossos clientes também são diversos. Se tivermos apena um tipo de pessoa em casa, jamais seremos capazes de atender todo esse espectro.

No fim da tarde desta quarta, tive uma inspiradora conversa com Judith Michelle Williams, líder global de sustentabilidade de pessoas, e principal executiva de diversidade e inclusão da SAP. Confira no vídeo abaixo!

Conte suas experiências com diversidade nos comentários.



Se o conteúdo é rei, o contexto é deus!

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Você já deve ter lido nas redes sociais que “o conteúdo é rei”, e que ele pode ajudar você a promover o seu negócio, qualquer que seja.

Será mesmo?

Não há dúvida da eficiência de um bom conteúdo nesse papel. Artigos, vídeos e posts roubam o espaço da publicidade convencional na atenção das pessoas, que agora compram de marcas com as quais se identificam e que veem como autoridade no segmento.

Entretanto nem o conteúdo mais bem escrito atingirá esse objetivo se não atender necessidades reais do público. Para isso, é preciso se aventurar em um mundo de gráficos e tabelas, para descobrir esses desejos e adequar a produção. Se o conteúdo é rei, o contexto é deus!

Sem isso, todo o investimento de marketing pode dar em nada. Felizmente o meio digital oferece algumas ferramentas poderosíssimas e gratuitas para identificar essas necessidades de seu público. Com elas, mesmo um pequeno empreendedor pode traçar o caminho até a mente e o coração de seus clientes, e falar com eles de maneira assertiva.

Veja como fazer isso no meu vídeo abaixo. E depois compartilhe conosco as experiências com seu público nessa nova forma de relacionamento.



Saiba mais sobre jornalismo de dados e como você pode “perguntar aos números” sobre informações valiosas, participando do curso online gratuito da Universidade do Texas, que eu menciono no vídeo. Os detalhes estão em https://knightcenter.utexas.edu/pt-br/00-21046-novo-curso-do-centro-knight-ensina-como-entrevistar-dados-para-reportagens-investigativas-i

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Videodebate: o que o fim dos “likes” no Instagram realmente representa?

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Você acha que o nível do conteúdo nas redes sociais está muito baixo? Você não está sozinho!

Uma mudança no Instagram aparentemente inócua pode ajudar nisso: desde a semana passada, a plataforma deixou de exibir a quantidade de curtidas que cada foto tem. Com isso, a expectativa é que os usuários apelem menos para fórmulas fáceis para conseguir audiência, os “caça-cliques”, publicando conteúdo que crie um debate de mais alto nível e melhorando da experiência como um todo.

A novidade também pode diminuir a ansiedade e a depressão que algumas pessoas sentem associadas ao meio digital. Acha exagero? Também na semana passada, uma blogueira se suicidou por não suportar a pressão de “haters” nas redes sociais, por ter publicado seu “casamento consigo mesma”.

Alguns podem achar um desproporcional, mas o ato de “curtir” qualquer coisa se disseminou por nossa vida, muito além das redes sociais. E, em alguns casos, isso perdeu seu propósito. Por isso, tal mudança no Instagram pode ajudar a reduzir essas distorções.

No vídeo abaixo, eu explico como isso impacta a sua vida, mesmo que você nem use o Instagram. Veja e depois vamos debater aqui.



Leia o meu artigo sobre a depressão no meio digital, mencionado no artigo: http://paulosilvestre.com.br/a-maldicao-do-influenciador-deprimido-e-o-que-faz-um-influenciador-dar-certo/

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Videodebate – Netflix ou notícia: quem você escolhe?

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VOCÊ É RELEVANTE para seu público?

Estudo do Reuters Institute for the Study of Journalism demonstrou que não basta mais ser ótimo no que se faz: precisamos tocar a vida das pessoas como elas esperam. Sem isso, nosso público pode não perceber o valor do produto, e uma grande ideia vai por água abaixo. E estou cansado de ver bons negócios quebrando e excelentes profissionais sendo demitidos por isso.

Apesar de o estudo se focar em jornalismo, suas conclusões podem ser facilmente extrapoladas para outros mercados. E uma delas demonstra que hoje não concorremos apenas com quem faz o mesmo que nós, e sim com qualquer empresa que dispute os mesmos reais dos consumidores, até com negócios muito diferentes dos nossos.

O mar não está para peixinho! Nunca foi tão importante conhecer bem o público: seus desejos, seus receios, suas carências, sua linguagem. Porque, sim, temos que buscar a excelência no nosso produto, mas temos que ser eficientes para que nossos clientes o percebam e entendam.

Assista ao meu vídeo abaixo para entender como fazer isso! E depois conte para nós aqui as suas experiências ao se relacionar com seu público.



  • Para assistir à integra em vídeo do debate no Estadão e baixar o excelente e-book produzido pelo Media Lab Estadão, inscreva-se gratuitamente aqui.
  • O relatório completo do Reuters Institute está disponível para download gratuito.
  • Quer ouvir as minhas pílulas de cultura digital no formato de podcast? Basta procurar por “O Macaco Elétrico” no Spotify, no Deezer ou no Soundcloud. Se preferir, pode usar seu aplicativo preferido: é só incluir o endereço http://feeds.soundcloud.com/users/soundcloud:users:640617936/sounds.rss

Videodebate: Google, me esquece!

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Você se preocupa com o Google, o Facebook, a Apple, e muitas outras empresas monitorando tudo que você faz online? Tem toda razão: elas sabem mesmo muito sobre nós!

Agora você pode pedir que o Google automaticamente apague tudo que sabe sobre você depois de um tempo. Simples e indolor!

Bacana, né? Mas será que isso faz diferença?

Queremos que nossa privacidade seja preservada, mas não queremos abrir mão das coisas boas que os meios digitais nos oferecem “de graça”, justamente por nos conhecer tão bem.

Então o que é mais importante para você? Sua privacidade ou os benefícios digitais? Ficou em dúvida? Então assista ao meu vídeo abaixo para entender isso melhor. E depois conte o que acha aqui nos comentários.



NOVIDADE: quer ouvir as minhas pílulas de cultura digital no formato de podcast? Basta procurar por “O Macaco Elétrico” no Spotify, no Deezer ou no Soundcloud. Se preferir, pode usar seu aplicativo preferido: é só incluir o endereço http://feeds.soundcloud.com/users/soundcloud:users:640617936/sounds.rss

Videodebate: como calar um jornalista no Brasil

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Quer saber como destruir um país? Destrua sua imprensa primeiro!

Ou você acha que ela não passa de um bando de “vendidos”, que só pensam em seus interesses?

Nesses tempos sombrios, em que a intolerância destrói relacionamentos de longa data e a verdade foi trocada pela versão, a imprensa nunca foi tão importante! Ironicamente, nunca esteve tão ameaçada! E isso afeta todos nós!

Na semana passada, por exemplo, dois veículos foram censurados pelo STF. Na mesma semana, a organização Repórteres sem Fronteiras publicou seu Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa. O Brasil amarga uma vergonhosa 105ª posição, entre 180 países.

Noruega, Finlândia e Suécia são os com mais liberdade de imprensa. Sugestivamente, também encabeçam as listas dos países com melhor qualidade de vida, melhor educação e com as pessoas mais felizes do mundo.

Não é coincidência! Tudo está intimamente ligado!

Todos nós temos um papel essencial para melhorar a péssima situação em que o Brasil se encontra nesses indicadores. Sabe como? Veja no meu vídeo abaixo. E depois vamos debater aqui nos comentários.



Reflexão: o que faz uma marca ser relevante?

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Quais são as marcas que você ama? Como elas influenciam sua vida, o que você compra, seu trabalho, sua diversão, como estuda, fala?
As empresas se tornam mais relevantes ou ficam obscuras com incrível velocidade. E o segredo para chegar -e ficar (o que é ainda mais difícil)- no alto passa por estar totalmente ligado aos valores do consumidor.
Grande desafio, pois esse indivíduo está mudando cada vez mais rapidamente, e ficando mais e mais exigente.
Estou no evento da Ipsos Brasil, em que foram anunciadas as marcas mais influentes do Brasil, vistas na imagem acima. Elas se saem muito bem nesse entendimento e relacionamento com seu público, nas cinco dimensões adotadas na pesquisa: liderança e inovação, confiança, presença, responsabilidade social e engajamento.
Para o brasileiro, as duas primeiras são as mais importantes, ainda mais que para os consumidores de outros países.
Como a sua empresa se posiciona nesses temas? Vou mais longe: como está sua carreira nisso?