Esquentam os rumores de que o Google estaria prestes a fazer uma oferta pelo Twitter. O TechCrunch já colocou até um preço: US$ 250 milhões em dinheiro ou equivalente. O mesmo post afirma que o passarinho já recusou uma oferta de US$ 500 milhões feita pelo Facebook há alguns meses, mas havia a diferença de que, naquele caso, boa parte do pagamento seria feito em ações, que poderiam estar com seu valor inflado.
Você usa o Twitter? Se nem sabe o que é, recomendo que veja o vídeo que pode ser disparado da home page do serviço. Não estou sugerindo que, se não usa, você está por fora da revolução tecnológica. Na verdade, o produto é mais um dos sucessos estrondosos da Internet que a mídia explora à exaustão, como aconteceu com o Second Life há uns três anos. Mas há uma pergunta a ser feita aqui: o que faria o Google despejar quarto de milhão de dólares em algo que muita gente acha que não passa de um hype? Por que não compraram também o Second Life então?
A resposta é que o Twitter tem algo que muito interessa ao Google que o Second Life não tem: informações reais sobre pessoas reais, em tempo real. E é justamente organizando quantidades astronômicas de informação que o Google ganha dinheiro. Eles são capazes de extrair dinheiro ao avaliar os movimentos não apenas do mercado, mas do mundo, da vida cotidiana das pessoas e das empresas. Os caras têm a mão no pulso do planeta. E é exatamente o que o Twitter oferece.
Será que o Google vai pegar esse passarinho? Se conseguir, será mais um golpe na sua concorrência direta: Microsoft e Yahoo!
Semana complicada, mal li os posts, mas adorei o título deste! Nada como voltar a ativa, ne?
Pode apostar que sim! É como digo: aprendi a ser engenheiro, mas nasci jornalista!
Você me fez lembrar de um artigo brilhante do Gabriel García Márquez, que li há 12 anos na revista “Hora del Cierre”, da Sociedade Interamericana de Imprensa. Nele, conta um pouco da sua experiência como jornalista, muito diferente do que se vê hoje. Ele encerra o texto de uma maneira que toca fundo a quem ama essa profissão: “Pues el periodismo es una pasión insaciable que sólo puede digerirse y humanizarse por su confrontación descarnada con la realidad. Nadie que no la haya padecido puede imaginarse esa servidumbre que se alimenta de las imprevisiones de la vida. Nadie que no lo haya vivido puede concebir siquiera lo que es el pálpito sobrenatural de la noticia, el orgasmo de la primicia, la demolición moral del fracaso. Nadie que no haya nacido para eso y esté dispuesto a vivir sólo para eso podría persistir en un oficio tan incomprensible y voraz, cuya obra se acaba después de cada noticia, como si fuera para siempre, pero que no concede un instante de paz mientras no vuelve a empezar con más ardor que nunca en el minuto siguiente.”
Não é à toa que o cara é Nobel de Literatura. A propósito, pode ler a íntegra do artigo em http://www.saladeprensa.org/art425.htm
É, conheço esse artigo, é muito bom mesmo!