Chicago, cidade onde o presidente americano Barack Obama tem sua residência pessoal, corre o risco de ficar sem seus jornais regionais. A mais recente vítima da crise da imprensa dos EUA é o Sun-Times Media Group, que publica o Chicago Sun-Times e mais 58 jornais. A empresa pediu concordata ontem. O grupo Chicago Tribune Company, que publica o Chicago Tribune, o Los Angeles Times e outros oito jornais (além de ter 23 canais de TV), já está nessa situação desde dezembro.
A capital de Illinois, uma das maiores cidades dos EUA, é a primeira a ter dois de seus principais jornais em estado pré-falimentar. Ambos continuam suas operações sem maiores mudanças, mas seus ativos estão à venda.
Na semana passada, o The New York Times, maior jornal americano, demitiu cem funcionários da área comercial e cortou em 5%, até o fim do ano, o salário de quem ficou. O Washington Post, outro gigante da terra do Tio Sam, anunciou um plano de aposentadoria antecipada para sua equipe. E o Seattle Post-Intelligencer agora só circula na Internet: nada mais de papel.
Demissões, redução de salários, jornais fechando as portas ou se transformando em operação online apenas… Muitas lições podem ser tiradas disso.