cloud computing

O consumidor não se contente mais com um bom produto, querendo agora uma ótima experiência - Foto: Drazen Zigic/Creative Commons

Quando todo produto precisa se tornar digital, as empresas precisam aprender a correr riscos

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A inteligência artificial está em toda parte! A essa altura, não é novidade. Dois estudos divulgados na quarta (16) pela IBM reforçam isso e como um número crescente de executivos a consideram um diferencial de negócios, abandonando o aspecto de “curiosidade tecnológica”. Ainda assim, empresas enfrentam dificuldades para adotá-la, por falta de experiência ou de apetite por correr riscos.

Outra que também poderia estar mais bem posicionada em nossas vidas se houvesse mais investimento é o 5G, que acaba de completar um ano de operação no Brasil. Segundo números apresentados pela Ericsson na mesma quarta, o país já atingiu 11,4 milhões de usuários dessa geração da telefonia móvel em 329 municípios. Mas os principais benefícios que ela traz não aparecem, porque as operadoras concentram sua comunicação na oferta de maior velocidade, sem fazer as necessárias atualizações em suas redes e em seus modelos de negócios.

Esse cenário traz desafios inéditos aos gestores de companhias de todos setores e portes. O consumidor fica mais exigente pelas ofertas de uma alta concorrência, e agora busca experiências e personalização que transcendem as propostas originais dos produtos. Com isso, toda oferta precisa se tornar um produto digital.

A boa notícia é que a tecnologia está muito mais acessível, seja pela facilidade de uso, seja pelo preço. Mas para dar certo, os profissionais precisam de atitude para fazer os movimentos necessários.


Veja esse artigo em vídeo:


Segundo o estudo da IBM “Sete apostas”, a previsão de Marc Andreessen está se tornando realidade: em um artigo de 2011 no The Wall Street Journal, o pioneiro da Internet disse que “o software estava comendo o mundo”. E está mesmo: ele controla de celulares a carros, de aspiradores de pó a robôs industriais. E agora “a inteligência artificial está comendo o software”.

Com isso, os melhores executivos estão desenvolvendo uma mentalidade de engenharia de produto. Eles entendem que a adoção da tecnologia é fundamental para o sucesso, pois os clientes esperam uma ótima experiência digital qualquer que seja o produto ou serviço oferecido.

Curiosamente, nada disso é novo. Software embarcado em produtos e até a inteligência artificial fazem parte do cotidiano de pessoas e de empresas há anos. A diferença é que, desde o fim do ano passado, com o lançamento do ChatGPT, a IA deixou de ser algo obscuro e restrito a poucos profissionais de TI para ser democratizada para qualquer cidadão.

“O ChatGPT capturou o momento em que a experiência se conectou à tecnologia”, afirma Marco Kalil, líder da IBM Consulting no Brasil. Para ele, a digitalização de produtos e o uso da IA como ferramenta de negócios são um caminho sem volta. “As pessoas que souberem aplicar a inteligência artificial nos negócios, realmente priorizando a experiência, terão mais sucesso que os outros, sem dúvida alguma.”

Já no estudo “Tomada de decisão do CEO na era da IA”, também da IBM, 60% dos CEOs entrevistados no Brasil disseram que a computação em nuvem é fundamental para a conquista de resultados nos próximos três anos, enquanto 56% deles confiam na IA. Apesar disso, 41% sentem dificuldade de obter ideias a partir dos dados que têm, com 61% afirmando que a qualidade e a origem desses dados são a principal barreira para adoção da inteligência artificial.

 

Garantindo seu bônus

Incluir inovações em qualquer negócio implica algum nível de risco, pelo simples fato de se sair da zona de conforto. Por isso, muitos executivos, apesar de serem conscientes da necessidade de inovação, resistem a ela, para não ameaçar seus bônus de fim de ano.

Mas a inovação se tornou condição para se manter no mercado, e não apenas as já citadas. Outras apostas do estudo da IBM são a sustentabilidade e o metaverso.

Segundo a pesquisa, muitos executivos ainda veem sustentabilidade e lucros como incompatíveis, indicando uma visão míope de gestão. Já o metaverso deve ser encarado como uma ferramenta que amplie possibilidades do mundo físico, ao invés de substituí-lo. Em ambos os casos, criar experiências com benefícios tangíveis para clientes internos e externos diminui as barreiras para sua adoção.

De fato, não dá para dissociar inovação de experiência. No caso do 5G, a base de usuários brasileiros já poderia ser maior, mas isso não acontece porque o público não vê as incríveis possibilidades da tecnologia, achando que se trata apenas de uma Internet mais rápida. Se for só para isso, preferem esperar.

Sim, a velocidade é muito maior e a latência é muito menor que a do 4G. Isso é necessário para produtos como veículos autônomos, telemedicina, educação a distância e automação industrial disruptivas, cidades inteligentes e entretenimento revolucionário, especialmente em games e transmissões ao vivo interativas.

Mas tudo depende da criação de um ecossistema de provedores de serviços que, por sua vez, precisam que as operadoras de telefonia modernizem sua infraestrutura. Isso permitirá, por exemplo, o “fatiamento da rede”, que entrega conexões diferentes seguindo a necessidade do cliente, podendo até variar de acordo com o momento. Também é necessário que ofereçam APIs, mecanismos para que os desenvolvedores criem aplicações que tirem o máximo proveito dos recursos da rede. Os modelos de negócios também devem ser atualizados, para que o usuário deixe de ser cobrado por franquias e passe a ser cobrado pelos serviços que usa.

“As operadoras já entenderam que o caminho passa por oferecer serviços fornecidos por outras empresas”, explica Marcos Scheffer, vice-presidente de redes da Ericsson para América Latina. Mas, segundo ele, há um processo a ser cumprido e, no momento, as teles estão cuidando da ampliação da cobertura.

“Na hora que você conecta tecnologia com o interesse do usuário, é fantástico”, exclama Kalil. Para o executivo, está na hora de as empresas colocarem essas tecnologias como protagonistas, e não como meras ferramentas. “Nessa hora, o negócio vai mudar”, conclui.

Sei que tudo é investimento –às vezes, muito dinheiro. Além disso, o mercado brasileiro costuma ser impiedoso com aqueles que falham. Essa combinação é mortífera para a inovação, pois os gestores tendem a escolher o caminho seguro e menos inovador.

O problema é que, dessa forma, a empresa perde a chance de se descolar da concorrência e os clientes amargam produtos limitados e experiências ruins. Precisamos aprender a correr riscos com inteligência!


Vídeo relacionado – íntegra da entrevista com Marco Kalil, líder da IBM Consulting no Brasil:

 

 

Entenda como a “cloud computing” pode melhorar a tecnologia em seu negócio

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A “computação da nuvem” (ou “cloud computing”) está profundamente disseminada em nossa vida, até mesmo sem nos darmos conta disso. Muitos serviços que usamos no nosso cotidiano “rodam na nuvem”.

Do lado das empresas, ela vem se tornando cada vez mais popular nos últimos anos. Mas ainda há muitas dúvidas sobre o que ela é, como funciona e quem deve fazer uso desse serviço.

E é curioso que a tecnologia de “cloud computing” está longe de ser uma nova. ela já existe há muitos anos, mas vem ganhando notoriedade de uns tempos para cá, pois tem aparecido bastante na mídia.

Para explicar um pouco mais sobre a “computação na nuvem”, responder a essas dúvidas e como ela pode ajudar seus negócios, conversei com Thiago Araki, diretor de Tecnologia e GTM da Red Hat para a América Latina, um grande especialista no assunto. A Red Hat é a maior e mais importante empresa de software open source do mundo.

Confira a seguir a íntegra da conversa:

Como a inteligência artificial e a computação em nuvem já ajudam os pequenos

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Imagine se o seu computador resolvesse um problema antes que ele acontecesse.

Bem, isso já acontece!

Nesta terça, foi lançado o Red Hat Enterprise Linux 8, que incorporou inteligência artificial para ficar monitorando continuamente o equipamento e identificar comportamentos que poderão levar a algum problema, com base no que aprende com o que o administrador da máquina faz e com os padrões coletados de usuários do mundo todo. Se algo potencialmente não estiver bem, o sistema dispara o alerta e já propõe soluções, também baseadas em inteligência artificial, para que o problema não chegue a acontecer.

Há 15 anos, isso seria ficção científica. Hoje a inteligência artificial faz parte da nossa vida, até em atividades prosaicas do cotidiano, até em nossos smartphones. E, muitas vezes, nem percebemos que ela está lá. Graças também à computação em nuvem, hoje empresas, mesmo de pequeno pote, têm acesso a recursos que até bem pouco tempo, eram inimagináveis.

Entenda isso melhor vendo abaixo a minha entrevista com Boris Kuszka, líder dos arquitetos de solução da Red Hat Brasil, e cm Thiago Araki, líder dos especialistas de produtos da Red Hat América Latina.

O Chrome OS é o Windows killer?

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Resposta simples: não, não é. Mas esses caras do Google são… danados!

Hoje foi exibido pela primeira vez o conceito do Chrome OS, a proposta do Google para um sistema operacional. Não vou entrar em detalhes sobre o que é, pois meu colega Sérgio Teixeira já fez isso muito bem neste post aqui em seu blog no Portal Exame. Leiam! Mas o vídeo acima é um bom resumo.

Voltando à pergunta-título deste post, o Chrome OS vai acabar com o Windows? Não (ainda não). Ainda há muitas coisas que só dá para fazer com um computador, digamos, “grandão”. Os próprios vídeos feitos pelo Google, dizem isso sem dizer. MAS… o que eles dizem dizendo é que a grande, a imensa maioria do seu tempo diante de um computador, você passa em tarefas que são feitas na Internet ou que já poderiam ser feitas pela Internet. Ainda mais agora que os serviços online estão ficando incrivelmente sofisticados e poderosos.

Curioso: quem faz essas coisas melhor que qualquer outra empresa é… o Google. Hmmmmm… Gmail, Gtalk, Docs, Livros, Picasa, Maps, YouTube, News, Blogger, Wave… Busca. Só para citar os mais óbvios.

Tenho usado constantemente um ClassmatePC Convertible, da Intel. Ok, o teclado é minúsculo, mas ser tão pequeno é uma enorme vantagem que você aprende a gostar muito rapidamente. Uso o bichinho muito! Instintivamente, não tenho NENHUM arquivo de dados nele, e isso não faz a menor falta: ou estão na “nuvem” ou em um pen drive (eles têm espaços cada vez mais generosos).

Para meu desktop no trabalho e em casa, não dá para abrir mão do Windows. Mas, para aquele netbook, o Chrome OS seria simplesmente perfeito! Ainda mais rodando o Google Wave nele.

Calcanhar de Aquiles? Claro: você tem que estar online o tempo todo, o que não é uma realidade brasileira. Mas é a realidade crescente nas escolas e nos domicílios da classe A e B, o que torna o sistema operacional um ganho inestimável para educação. E também é incrível para jornalistas, pois praticamente tudo em seu cotidiano pode ser feito com mais praticidade em um netbook conectado a sistemas já disponíveis na nuvem.

Ou seja: estamos alinhados. Food for thinking.