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O ano do “deep fake”

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Hoje o ano se inicia para valer! E faz isso com o alerta de algo que pode “bagunçar o coreto”, especialmente em um ano eleitoral: o “deep fake”. Trata-se de uma tecnologia capaz de criar vídeos absolutamente convincentes com pessoas agindo ou dizendo coisas que nunca fizeram.

Viabilizada pela inteligência artificial e pelas milhões de imagens nas redes sociais, ela chegou a uma tal sofisticação, que nem especialistas conseguem identificar um vídeo verdadeiro de um falso.

Quer entender como ela é feita e ver alguns exemplos? É só assistir ao meu vídeo abaixo:



As fotos e vídeos nas redes sociais são importantes porque servem como base para “calibrar” o sistema de reconhecimento fácil. Todos os rostos têm pontos específicos que servem para os identificar, quase como se fosse uma impressão digital. É assim que, por exemplo, o Facebook consegue saber instantaneamente quem está conosco nas fotos que subimos na rede social.

A inteligência artificial usa essa informação para que o computador aprenda como o rosto de uma pessoa se comporta, como ele fica em cada pose possível. A partir daí, ele consegue sintetizar, com incrível precisão, a imagem de qualquer pessoa realizando movimentos e falando coisas que outra pessoa -um “modelo”- executou em outro vídeo.

Essa tecnologia já é usada há anos por Hollywood em filmes como “Star Wars”, “O Senhor dos Aneis” ou “King Kong”. Mas lá são sistemas caríssimos e extremamente complexos. A diferença é que o “deep fake” pode ser realizado em um computador doméstico, com software gratuito. E qualquer um pode se tornar vítima disso hoje.

Surge a pergunta: como evitar que isso aconteça?

Tudo isso ganha ainda mais relevância se considerarmos que estamos em um ano eleitoral. É só pensar no estrago que as “fake news” vêm fazendo desde antes das eleições anteriores. E, diante do “deep fake”, as infames notícias falsas parecem brinquedo de criança.

O problema é mais grave que muitos podem perceber a princípio. Várias tentativas estão sendo feitas para “separar o joio do trigo”, mas infelizmente elas têm falhado na tarefa. A própria inteligência artificial que viabiliza o “deep fake” virou ferramenta, mas os resultados são frustrantes. Há ainda iniciativas “malucas”, como obrigar que todas as câmeras criem um “selo de autenticidade digital” nas imagens que produzirem ou que ainda as pessoas registrem continuamente o que fizerem, onde e com quem estiverem.

No final das contas, a solução mais razoável é a mesma que a das “fake news”: educar a população. O problema é que, se falhamos miseravelmente nessa tarefa, que dizer agora com o “deep fake”, muito mais convincente que escandalosos postagens falsas distribuídas pelo Facebook e pelo WhatsApp?

Uma vez mais, a responsabilidade para encontrar a verdade no meio de um mar de mentiras recai sobre a boa imprensa. Somente ela, tem esse poder, fazendo investigações reais, no mundo real, indo atrás da informação real.

Muitos podem dizer: “mas a imprensa é vendida e falha!” Há empresas e veículos que infelizmente são mesmo. Mas há também aqueles -e não são poucos- que, se não são infalíveis (pois isso não existe) buscam fazer um trabalho sério.

Quer saber quem está trabalhando bem? Veja quem é mais vítima dos ataques de governantes. Quanto mais atacados, provavelmente melhor o trabalho jornalístico. E, se o mesmo veículo for atacado por adversários políticos, então o trabalho deve estar sendo bem feito mesmo!

Só assim, teremos mais chance de não sermos feitos de bobo!


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O que Star Wars pode nos ensinar a essa altura do campeonato

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Na quinta passada, o Episódio IX de Star Wars, “A Ascensão Skywalker”, estreou nos cinemas. A saga espacial, criada por George Lucas há 42 anos, chega ao fim com o status de mitologia moderna e incontáveis fãs em três gerações. E, como toda mitologia, suas histórias trazem ensinamentos que servem ao cotidiano de qualquer um, mas que particularmente se aplicam ao momento em que vivemos no Brasil.

Muitos acreditavam que esse seria o ano da virada na economia. Não aconteceu. Apesar de termos saído da recessão, os investimentos continuam baixos e o desemprego nas alturas!

Também foi um ano de desilusão e muito ódio nas relações, dois sentimentos destrutivos, que precisamos combater.

É aí que entra Star Wars, com mensagens de esperança e de união. Assista ao meu vídeo abaixo e veja como Lucas construiu uma narrativa que nos serve muito bem. E depois comente como podemos construir um 2020 mais positivo!



Essa também é minha mensagem de fim de ano a vocês. Na semana que vem, excepcionalmente não publicarei meu vídeo às segundas de manhã, voltando no dia 6. Mas, até, lá, nossa conversa continua nas redes!

Vamos construir um 2020 melhor para todos!


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Crise no trabalho começo com nosso vexame na educação

By | Educação | No Comments

Na terça passada, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou os resultados do Pisa, avaliação internacional sobre educação. O Brasil manteve seu histórico vexatório: ficamos entre os 20% piores países do mundo.

Não sei o que é pior: nosso já tradicional desempenho pífio ou a completa falta de perspectiva de melhora, diante da ausência de uma liderança minimamente qualificada no governo para o tema. A situação fica ainda mais dramática porque o Brasil forma cidadãos e profissionais deficientes não apenas em conteúdos acadêmicos, mas também em habilidades cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho, como resiliência, empatia, trabalho em equipe e capacidade de viver construtivamente com quem pensa de maneira diferente de si.

Portanto, a crise no mercado de trabalho começa com a crise na nossa educação. O mundo se transforma a passos largos, exigindo pessoas capazes de se reinventar continuamente. Mas, para isso, elas precisam de uma sólida educação. Sem isso, engrossaremos as filas de desemprego não apenas pela crise econômica, mas também por estarmos sendo substituídos por robôs.

A educação é de todos, e esse problema precisa ser resolvido com a participação de toda a sociedade. O dilema tem solução, mas exige seriedade e muito trabalho. Veja o que precisa ser feito no vídeo abaixo. E depois compartilhe suas opiniões nos comentários.



Veja o estudo sobre o resultado brasileiro no Pisa 2015, feito por pesquisadores da USP e do Insper. É só clicar em https://www.insper.edu.br/wp-content/uploads/2018/08/Por-que-Brasil-vai-mal-PISA-Analise-Determinantes-Desempenho.pdf


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Aumento de concorrentes da Netflix pode reacender a pirataria

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Prepare-se: a pirataria está voltando com força!

Depois de serviços como Netflix e Spotify diminuírem drasticamente as cópias ilegais de vídeo e de música, elas podem voltar com força. Ironicamente o motivo é a entrada de novos concorrentes desses serviços.

Ao contrário do Spotify e afins, que têm em seus acervos virtualmente toda música que alguém possa querer ouvir, de todos as gravadoras e de produtores independentes, os streamings de vídeos têm ofertas bem mais reduzidas. Além disso, apostam na exclusividade de suas produções próprias como diferencial.

O problema é que, apesar de ser razoável pagar pela assinatura de um, talvez dois desses serviços, se alguém quisesse ficar por dentro de todos os grandes lançamentos, teria que pagar por pelo menos cinco deles, o que torna a conta salgada demais para a imensa maioria da população.

É aí que a pirataria ganha força!

Entenda esse fenômeno assistindo ao meu vídeo abaixo. E depois compartilhe nos comentários se assina algum serviço de streaming de vídeo ou de música, e se acha que a proliferação deles combate ou favorece a pirataria.



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A vida pode ser mais simples que isso

By | Educação | No Comments

Admito: a minha vida anda muito acelerada! E, olhando à minha volta, vejo que a maioria das pessoas segue o mesmo ritmo.

Por quê?

Os meios digitais, que nos permitem fazer cada vez mais com menos, que tornam nossas vidas mais produtivas e divertidas, também nos mantêm em um estado de alerta que não termina. As metas de trabalho e pessoais não param de crescer. E nos deixamos levar por isso, às vezes sem perceber.

O marketing aprendeu como tirar proveito disso, com estímulos permanentes. Mas tudo em exagero estraga: isso vem criando uma geração de pessoas que não se encantam com mais nada, por estarem sempre submetidos a um novo produto incrível.

Pessoas incapazes de apreciar o lado bom da vida não conseguem encantar ninguém. Passam a viver no automático e seu senso crítico fica seriamente prejudicado. Disso surge uma população ansiosa e facilmente manipulável por grupos econômicos e políticos.

Precisamos reverter esse ciclo! Veja minhas sugestões no vídeo abaixo. E depois compartilhe conosco, nos comentários, o que faz para buscar seu equilíbrio.



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Ignorar as pessoas é um péssimo negócio

By | Educação | No Comments

Quem nunca sofreu com uma informação importante que nunca chegava?

Pode ser a resposta para fechar um negócio, atualizações sobre um novo emprego, ou mesmo algo do nosso cotidiano. Você chama a outra parte, mas é como se ela ignorasse você solenemente.

Daí a coisa não avança e a ansiedade cresce. E você se sente preso em um lugar em que não pode fazer nada para sair dele: uma terrível sensação de impotência.

Os meios digitais pioram esse cenário. Estamos permanentemente conectados a tudo, mas soterrados de informação, que nos atrapalha para ouvir e ser ouvido.

Esse cenário não favorece ninguém. De um lado, temos indivíduos que se sentem ignorados e desprestigiados. Do outro, empresas que podem perder incríveis oportunidades por não prestar atenção às pessoas.

Mas não precisa ser assim. Uma boa organização ajuda muito. Mas o que precisa mesmo acontecer é um desejo de querer atender o outro. Você está pronto para isso?

Veja, no meu vídeo abaixo, alguns exemplos de problemas causados por esse mau comportamento que se dissemina, e sugestões para contornar a situação. E depois compartilhe conosco como isso afeta o seu dia a dia.



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Você confiaria a sua vida a um super app?

By | Jornalismo | No Comments

Caminhamos a passos largos para um momento em que a Siri, dos iPhones, e o Google Assistente, dos Androids, serão substituídos por sistemas muito mais poderosos, que saberão quase tudo sobre nós, e serão capazes de tomar decisões complexas e até negociar valores em nosso nome. Nesse futuro próximo, a nova geração de assistentes virtuais evoluirá a partir dos atuais “super apps” (como o WeChat), acrescentando uma grande dose de inteligência artificial, análises preditivas, linguagem natural, big data.

Parece muito bacana -e é! Mas esses sistemas levantam algumas questões éticas e comerciais. Com tanto poder concentrado, eles serão capazes de impactar fortemente a “jornada do cliente”, até mesmo determinando o que consumiremos e como.

E aí a coisa fica complicada.

Diante disso, que garantia teremos que esses sistemas sempre tomarão as melhores decisões para nós, e não para atender interesses ocultos de seus fabricantes ou de seus parceiros comerciais? Entretanto, se não confiarmos nas assistentes, a sua “mágica” desaparece.

Para completar, em agosto do ano que vem, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) começa a valer. Ela disciplinará não apenas a coleta de nossas informações, como também o uso que será feito delas, determinando que tudo deve ser explicitamente autorizado pelo usuário antes. Como esses sistemas, que se esbaldarão e cruzarão nossas informações mais íntimas, serão impactadas pela lei?

Uma coisa é certa: o futuro é inevitável! Quando esses sistemas estiverem disponíveis, daqui uns três anos, devem ser rapidamente adotados. Veja no meu vídeo abaixo o que você precisa saber para aproveitar bem novidades assim. E depois compartilhe conosco suas percepções nos comentários.



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“Bolha de proteção” cria adultos ansiosos e que não trabalham em equipe

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Cresce a quantidade de jovens profissionais que apresentam uma dificuldade acima da média para seguir regras e obedecer a hierarquia. Além de isso atrapalhar o próprio desenvolvimento, inclui um elementos que não se encaixam nas empresas.

Esse problema do mercado de trabalho tem origem na infância, dentro de casa: pais superprotetores criam uma “bolha” em torno de crianças e adolescentes, na tentativa de evitar que se frustrem ou que tenham que enfrentar grandes desafios.

Essa é a melhor receita para criar adultos fragilizados e intolerantes. Pais que não sabem dizer “não” criam filhos que não aceitam ouvir “não”.

O problema é que os próprios pais andam um tanto perdidos. A prolongada e profunda crise econômica e social ajudou a catapultar o Brasil para a liderança mundial em casos de ansiedade, segundo a Organização Mundial de Saúde: 9,3% dos brasileiros sofrem do mal. Não é de se espantar que um dos medicamentos mais vendidos no país seja o ansiolítico tarja preta Clonazepam, mais conhecido Rivotril.

Como crianças aprendem pelo exemplo, e muitos de seus pais vivem uma vida enfiada no trabalho, cujo único propósito parece ser pagar contas, a sua fragilidade se agrava. Ouvi recentemente casos de crianças que estão se automedicando com Rivotril furtado das cartelas de seus pais. E isso é gravíssimo!

Como esperar que cresçam confiantes, responsáveis e prontos para trabalhar em equipe, habilidades cada vez mais valorizadas no mercado?

Calma, nem tudo está perdido!

Veja no meu vídeo abaixo como reverter essa situação e ajudar os pequenos a crescer de uma maneira saudável. E depois compartilhe conosco nos comentários as suas vivências sobre o tema.



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Feliz aniversário, Internet: 50 anos!

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Nesta terça, a Internet completa 50 anos!

Pouca gente sabe, mas a “mãe de todas as redes”, lançada no dia 29 de outubro de 1969 por pesquisadores da UCLA (Universidade da California em Los Angeles) e do SRI (Stanford Research Institute), foi uma encomenda dos militares americanos. No auge da Guerra Fria, eles temiam que um ataque nuclear da finada União Soviética destruísse todo o poder computacional dos Estados Unidos.

Isso pode parecer absurdo hoje, mas, naquela época, em que as redes de computadores eram centralizadas em poucos servidores de grande porte –os mainframes– essa era uma tarefa relativamente simples. Os militares solicitaram então o desenvolvimento de uma rede cujo armazenamento e capacidade de processamento fossem totalmente distribuídos.

Essa é justamente a essência da Internet! Hoje até mesmo os nossos celulares, que estão ligados à Grande Rede, são servidores e clientes dela. Todo mundo entende isso agora, ainda que de maneira implícita, Mas, nos anos 1960, a IBM, que foi consultada para o desenvolvimento da Internet, disse que “uma rede como essa jamais poderia ser construída”.

O fato é que ela definitivamente mudou o mundo. Por isso, é um dos maiores inventos da humanidade, ao lado da roda e da prensa de tipos móveis de Gutenberg.

Neste vídeo, conto como a Internet foi criada, o contexto mundial da época, por que ela se tornou onipresente e o que vem por aí.

E você, consegue imaginar uma vida sem a Internet? Conte para nós nos comentários.



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Cresce a quantidade de pessoas que não querem falar com outras pessoas

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Assisto com curiosidade e uma certa apreensão a uma profunda mudança cultural: o aumento de pessoas que parecem não gostar de falar com outras pessoas. Ao consumir serviços das mais diferentes naturezas, preferem interagir com sistemas a conversar com atendentes em carne e osso.

Experiências ruins, que todos nós temos com esses atendimentos, encabeçam os motivos para isso. Mas há também mudanças comportamentais provocadas pelos meios digitais: estamos nos tornando uma geração de pessoas ansiosas e intolerantes, que querem tudo do seu jeito e no seu tempo.

Somos cada vez menos capazes de lidar com frustrações e rejeições. E isso é um problema muito sério, pois a vida sempre foi repleta disso. Na verdade, o confronto com esses dissabores nos ajuda a desenvolver resiliência e tolerância, duas habilidades cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Coincidência?

De olho nessas mudanças comportamentais, várias empresas lançam produtos que atendem essas “demandas” de seu público. A mais recente foi a Uber, que anunciou, no dia 4, seu serviço Comfort. Entre outros benefícios, as pessoas poderão controlar, pelo aplicativo, que o motorista fale apenas o indispensável com elas.

Será que precisamos de um aplicativo para isso? Se não pudermos ou não quisermos conversar com o motorista, não podemos simplesmente explicar e pedir isso a ele quando entrarmos no carro?

Para muitos, a novidade chega a ser bizarra; para outros, é muito bem-vinda. Em qual grupo você se encaixa? Assista a meu vídeo abaixo para entender melhor por que isso tudo está acontecendo. E depois explique o seu ponto de vista para todos nos comentários.



Se você quiser ver o artigo sobre o estudo das universidades de Stanford e do Novo México sobre a evolução nas maneiras como as pessoas se conhecem, mencionado no vídeo, ele está disponível em https://web.stanford.edu/~mrosenfe/Rosenfeld_et_al_Disintermediating_Friends.pdf


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Estamos perdendo a capacidade de nos encantar

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Você está perdendo a sua capacidade de se encantar com o que a vida lhe oferece? Tudo parece muito sem graça e de uma mesmice terrível? Seu único desafio é conseguir dinheiro par pagar os boletos no fim do mês?

Tem muita gente vivendo assim ultimamente! Espero que não seja seu caso, pois a vida fica muito triste assim. E a vida é muito bela! Desde que você a viva dessa forma.

Grande parte dessa visão blasé do mundo se deve aos incríveis e incontáveis avanços tecnológicos que se integram ao nosso cotidiano. É claro que eles são muito bem-vindos, mas não podemos permitir que eles nos tirem a vitalidade e o desejo! Se você achar que, graças a isso, a vida está ganha, que os desafios sumiram, você está muito enganado. Pior: está criando uma terrível armadilha para si mesmo: o desencantamento geral.

Ele é péssimo para você como indivíduo e como profissional, para as empresas e para toda a sociedade. Entenda por que isso acontece e como escapar dele, assistindo ao meu vídeo dessa semana. E depois compartilhe suas percepções sobre o desencantamento das pessoas a sua volta nos comentários.

Vamos ajudar todos a sair disso!



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Seu público fiel de hoje pode matar o seu negócio amanhã

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Imagine o seguinte: você toca seu negócio como faz há anos, e tudo sempre funcionou. Mas algo começa a dar muito errado: o produto que sempre foi seu carro-chefe se volta contra a operação. Aquilo que talvez represente a essência da sua marca começa a se comportar como uma doença autoimune corporativa, matando a empresa por dentro.

A vítima mais recente disso foi a americana Forever 21. No último dia 29, o ícone da moda feminina jovem entrou com pedido de recuperação judicial, que reduzirá drasticamente a quantidade de lojas e eliminará as operações na Europa e na Ásia. O motivo: as adolescentes começam a questionar a “fast fashion”, roupas baratas e de pouca durabilidade, que são a cara da marca.

Na época da economia da experiência, esse problema acontece cada vez. As pessoas não compram mais produtos apenas: avaliam toda a experiência com a empresa, que também inclui a comunicação, o pós-venda, a transparência e os valores.

Se os valores do público mudam (e eles mudam), não há produto que resista. Foi exatamente isso que “quebrou as pernas” da Forever 21.

A boa notícia é que o mesmo público pode lhe ajudar a corrigir o rumo. Entenda como no meu vídeo abaixo. E depois compartilhe conosco suas experiências como consumidor ou como gestor, nesse cenário de mudanças aceleradas.



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Ataques a reputações nas redes sociais colocam toda a sociedade em risco

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O uso crescente das redes sociais para destruir reputações de adversários começa a colocar em risco a própria sociedade. Isso acontece porque tais ataques se baseiam em uma eficiente manipulação dos algoritmos e em uma avalanche orquestrada de “fake news”.

Como resultado, a população começa a perder as referências para construção de confiança em pessoas, instituições e empresas. O risco para a comunidade existe porque, pela nossa natureza humana, só conseguimos construir algo com pessoas em quem acreditamos.

Oras, se não confiamos em mais nada e em mais ninguém, nos afastamos da nossa própria evolução! O mais triste é que isso acontece porque somos alegremente manipulados por grupos que promovem esse movimento para ampliar seus privilégios e aumentar seu poder.

Como exemplo, na semana passada, assistimos a tentativas nefastas de desmoralizar a ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, após sua participação na cúpula do clima da Organização das Nações Unidas.

Precisamos reforçar nosso senso crítico, para que não sejamos mais peões nesse xadrez político e econômico! Veja como no meu vídeo abaixo. E depois conte a todos o que faz para escapar das “fake news” e das manipulações.



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Foto: Creative Commons

Como a tecnologia pode salvar vidas de quem você ama

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“Se alguém o tivesse escutado, talvez pudesse ter sido salvo.”

Essa frase é comum entre aqueles que tiveram que enfrentar casos de suicídio de pessoas próximas de si. Ela representa uma das faces mais perversas dessa tragédia: a maioria dessas mortes poderia ter sido evitada se as vítimas tivessem recebido o apoio necessário a tempo. Isso não acontece porque as pessoas que convivem com o suicida normalmente não percebem os sinais emitidos por ele. Sinais que são, na verdade, pedidos de ajuda. E, dos que percebem, muitos não sabem como lidar com isso adequadamente.

Felizmente novas tecnologias e novos métodos abrem caminhos que podem ajudar as próprias vítimas e também as pessoas a seu redor a lidar melhor com esse gigantesco problema de saúde pública.


Vídeo relacionado:


No mundo, mais de 1 milhão de pessoas se suicidam todos os anos. Isso dá uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, 32 pessoas se matam todos os dias: em 2018, foram 11 mil vidas perdidas assim.

A situação é ainda mais grave entre os jovens, sendo a principal causa de morte nessa faixa etária no planeta, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o suicídio aumentou 20% nos últimos cinco anos entre jovens de 15 a 19 anos. Já é a quarta causa de mortes nessa faixa no nosso país.

O suicídio raramente é uma decisão por impulso. O suicida amadurece a ideia com tempo. Nesse processo, emite vários sinais indicando que pensa em acabar com a própria vida, em um longo pedido de ajuda, muitas vezes inconsciente.

Gramática da Depressão e Algoritmo da Vida

Pesquisadores da University of Reading (na Inglaterra) e da Florida State University (nos EUA) descobriram que pessoas com depressão costumam publicar nas redes sociais mensagens com palavras e construções específicas. Eles catalogaram os resultados desse comportamento e o chamaram de “Gramática da Depressão”. Com ela, afirmam ser capazes de identificar essa terrível doença, mesmo em seus estágios iniciais.



A partir desse estudo, a Agência Africa e a desenvolvedora Bizsys criaram para a revista Rolling Stone Brasil o que eles chamaram de “Algoritmo da Vida”. Trata-se de um sistema que fica varrendo mensagens no Twitter seguindo as regras da “Gramática da Depressão”.

Para evitar falsos positivos, quando algo suspeito é identificado, a mensagem passa por uma checagem cuidadosa, que considera contexto, ironias e a recorrência dos termos. Se o risco for confirmado, um perfil do Twitter criado especificamente para esse serviço, com o auxílio de psiquiatras, entra em contato com o indivíduo por uma mensagem privada. O objetivo é conversar e entender o usuário, para lhe sugerir a melhor forma de tratamento. Indicações para contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida, telefone 188) são sempre uma opção.

O “Algoritmo da Vida” está funcionando desde fevereiro, e já verificou cerca de 34 milhões de mensagens, de 1,4 milhão de perfis no Twitter. No meio disso tudo, detectou quase 300 mil riscos potenciais, direcionando cerca de 1.400 pessoas ao CVV.

Pesos-pesados tecnológicos

No último dia 11, a iniciativa ganhou dois apoios de peso: a titã de software alemã SAP e a AWS (Amazon Web Services), serviço de hospedagem na nuvem da empresa de Jeff Bezos.

O anúncio foi feito em São Paulo, durante o SAP Now, maior evento de tecnologia e negócios da América Latina, por Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, que estava com Sergio Gordilho, copresidente da Agência Africa, e com Cleber Morais, diretor-geral da AWS no Brasil.

Os dois gigantes da tecnologia se uniram à iniciativa, para que ela ganhe escala e eficiência, com a enorme capacidade de processamento da AWS e diferentes tecnologias de ponta da SAP. Assim, o Algoritmo da Vida está sendo recriado dentro de soluções da SAP para aproveitar recursos como inteligência artificial e análises preditivas, que serão capazes de identificar mudanças nos padrões de comportamento dos usuários, que possam indicar, com grande assertividade, qualquer risco. A linguagem natural, ou seja, a tecnologia que permite a máquina entender e se comunicar com frases correntes, como se fosse uma pessoa, tornará esse processo ainda mais eficiente.

A tecnologia digital já dá esse tipo de visão aos negócios há bastante tempo. Mas o Algoritmo da Vida é uma prova que ela pode ser aplicada a qualquer disciplina humana. Na verdade, desde que a medicina se dissociou do curandeirismo místico para se aproximar da ciência, a tecnologia ocupa um espaço crescente nos diagnósticos e nas curas.

É só pensar que, há cem anos, pessoas morriam de gripe pela inexistência de antibióticos, e raio-X era algo ainda experimental. Hoje, pulseiras eletrônicas são capazes de medir o nível de glicose no sangue do paciente pelo seu suor, de maneira automática. Essa informação é passada em tempo real para o computador do hospital, que monitora cada pessoa individualmente.

Outra iniciativa da SAP, essa desenvolvida com a indústria farmacêutica suíça Roche, usa esse tipo de informação para antecipar problemas ligados à diabete, antes mesmo que eles aconteçam. Além de preservar a vida de cada paciente, pode ajudar a identificar problemas de saúde pública pela análise combinada e anônima dos dados de todos os pacientes, propondo até mesmo alterações em políticas públicas.

Em julho, Paul Hutton foi salvo pelo seu Apple Watch. O relógio inteligente identificou alterações em seus batimentos cardíacos e o encaminhou ao médico. O americano de 48 anos passou por cirurgia para corrigir um bigeminia ventricular e foi salvo.

De volta à depressão, o Instagram também oferece, há alguns meses, um recurso que tenta identificar comportamentos entre seus usuários que podem indicar riscos. Quando isso acontece, o sistema mostra telas que tentam conscientizar o usuário que algo pode estar errado e dá sugestões onde pode buscar ajuda.

A empresa americana HarrisLogic, que presta atendimento a pessoas com depressão, também desenvolveu um sistema em plataforma SAP para isso. Seus profissionais oferecem um atendimento mais eficiente a partir indicações oferecidas pela análise de milhões de atendimentos por inteligência artificial e big data.

A importância da humanidade

A tecnologia é realmente uma ferramenta de valor inestimável, muito bem-vinda. Mas ela é isso: uma ferramenta.

Carl Jung, fundador da psicologia analítica, dizia: “conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”

A tecnologia identifica, avisa, sugere com grande precisão. Mas temos que estar atentos e sermos empáticos com quem está a nossa volta. Às vezes, uma simples palavra amiga pode ser o suficiente para salvar alguém. Se você não se sentir habilitado a prestar a ajuda necessária, sempre encaminhe a pessoa a um psicólogo.

A única coisa que não podemos fazer é nos abster de ajudar.


E aí? Vamos participar do debate? Role até o fim da página e deixe seu comentário. Essa troca é fundamental para a sociedade.


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Na Economia da Experiência, a tecnologia humaniza e vende

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Não olhe agora, mas a comunicação com o seu cliente pode estar quase tão ultrapassada quanto usar um carro de som, daqueles que vendem produtos (e às vezes atormentam moradores) pelas ruas dos bairros.

A situação pode ser ainda mais grave: você entrega o que seu cliente gosta ou apenas acha que faz isso? Pesquisa da consultoria americana Bain & Company aponta que 80% das empresas acham que fazem isso, mas apenas 8% de seus clientes concordam!

No cenário da atual Economia da Experiência, não dá para ficar assumindo o que nosso público deseja: temos que interagir com cada um deles para sabermos que caminho seguir. E a única maneira de fazermos isso bem é usando a tecnologia digital, para coletarmos -de maneira ética- e processarmos informações das pessoas.

Dessa maneira, seremos não apenas capazes de melhorar as nossas entregas, como também de manter uma conversa de alto nível em todas comunicações que realizarmos.

Entenda como fazer isso para o seu negócio, seja uma pequena padaria, seja uma multinacional, assistindo ao meu vídeo abaixo. E depois compartilhe conosco nos comentários as suas boas experiências.



Assista ao vídeo que abriu o SAP NOW 2019, retratando a Economia da Experiência: https://www.youtube.com/watch?v=n4_hj5n_TG0

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