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A hora das empresas mostrarem seu valor

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Estamos completando um ano de pandemia de Covid-19, que jogou empresas, profissionais e clientes em um turbilhão que pôs em xeque fórmulas consagradas de relacionamento entre esses grupos. Isso deixou um vazio que agora todos tentam preencher com um marketing reformulado para esses novos tempos.

Surge então uma pergunta com ares quase freudianos: o que, afinal, as pessoas querem?

Essa não é uma pergunta retórica. Alguém ainda duvida que o mundo é muito diferente do que há apenas 12 meses? Mesmo para aqueles que já voltaram a suas atividades normais (ou talvez nunca as tenham abandonado), as transformações foram grandes. As pessoas agora se preocupam consideravelmente com novos valores e esperam que as companhias estejam juntas a elas nisso.

Empresas e profissionais precisam identificar e abraçar tais mudanças, para seu posicionamento. Mas a grande transformação é que essas informações não devem ser usadas em modelos tradicionais de marketing e muito menos com as irritantes e acefálicas “formulinhas de lançamento” que inundam as redes sociais. Isso precisa nutrir transformações reais no negócio para que ele genuinamente se aproxime dos valores do consumidor.


Veja esse artigo em vídeo:


Não é pouca coisa! A edição mais recente do “Trust Barometer”, aponta que as pessoas esperam que as empresas se engajem e solucionem temas sociais, que, a princípio, não seriam de sua responsabilidade. Essa pesquisa, feita pela consultoria americana de marketing Edelman há 20 anos, mede o índice de confiança do público em empresas, governo, mídia e ONGs.

Nessa edição, foram ouvidas 33 mil pessoas de 28 países, inclusive o Brasil, de 19 de outubro a 18 de novembro de 2020. Ela aponta que, dessas instituições, as empresas são as únicas em que o público deposita mais confiança no momento. E, no Brasil, esse traço é ainda mais forte.

O relatório indica que 86% dos entrevistados no mundo esperam que marcas solucionem problemas sociais. No Brasil, esse índice bate incríveis 97%! Isso acontece porque a população quer que as empresas atuem onde o governo falha, e a percepção que o governo vem falhando aumentou muito em 2020 no Brasil, especialmente em questões sociais.

Isso se explica, pelo menos em parte, porque as pessoas passaram a viver e fazer mais coisas em casa: ela ganhou muita importância frente ao mundo externo. Por isso, necessidades pessoais e da família se sobrepõem agora a status e imagem externa.

Globalmente, as maiores preocupações são o sistema de saúde (mencionado por 62% dos entrevistados), a pobreza (53%), a educação (53%), as mudanças climáticas (51%) e as fake news (50%).  No Brasil, a pobreza aparece em primeiro lugar (indicada por 58% dos respondentes), seguida por questões trabalhistas (52%), mudanças climáticas (51%) e racismo estrutural (51%).

 

Confiança se transforma em vendas

Como já dito, segundo o “Trust Barometer”, praticamente todos os brasileiros esperam que companhias solucionem problemas sociais. No vácuo deixado pela inoperância governamental, 72% almejam que as empresas tomem medidas para ajudar comunidades em tempos de crise.

Uma pergunta que muitos gestores podem se fazer nesse momento é: “o que eu ganho fazendo isso?” E, de uma maneira bastante simples, a resposta é: mais clientes e mais vendas.

As pessoas estão crescentemente atentas ao que as empresas pregam e também ao que elas fazem. É necessário que o discurso seja corroborado por ações. No Brasil, ainda há um grande espaço a ser ocupado nisso, o que representa uma incrível oportunidade para empresas que estejam dispostas a sair de sua zona de conforto.

A pesquisa mundial indica que os consumidores com alta confiança na marca são mais fiéis (75%) e mais engajados, o que implica em compartilhar seus dados (60%) e até defender e recomendar a marca (78%). Mas apenas 37% dos brasileiros acham que as marcas que usam estão fazendo um excelente trabalho em ajudar o país e o povo a enfrentar os desafios atuais.

Para obter essa confiança, palavras não bastam. Na verdade, se elas não forem verdadeiras, isso pode trazer enorme prejuízo à marca, pois a decepção pode significar a fuga dos clientes.

No Brasil, 72% dos entrevistados afirmam ser mais efetivo a empresa tomar medidas para ajudar trabalhadores e comunidades locais em tempos de crise, contra 28% que acreditam que isso acontece quando ela assume o compromisso publicamente. E, para demonstrar como as companhias por aqui ainda têm um longo caminho para fazer isso direito, 62% dos brasileiros afirmam que as marcas usam questões sociais e políticas importantes apenas como manobra para vender mais produtos.

Isso é um tiro no pé! Tanto que 64% dos entrevistados no Brasil afirmam que as marcas devem pensar primeiro na segurança do público, tendo cuidado ao encorajar as pessoas a voltar a lojas, restaurantes e outros locais públicos.

 

A vez das empresas

Todos nós queremos retomar a economia. O fim do auxílio emergencial em dezembro e a incapacidade do governo de encontrar uma maneira de reeditá-lo abre uma crise humanitária que jogará milhões de brasileiros para baixo da linha da pobreza. A crise das vacinas, também decorrente da crônica inoperância de Brasília no tema, piora ainda mais a situação.

Com isso, o país “trava nas quatro rodas”. A volta a uma “vida normal” é desejo de todos. Mas a discussão do “novo normal”, que, a essa altura, já parece velha, passa necessariamente por resolver esses e outros problemas sociais com a máxima urgência. A economia simplesmente não reagirá sem isso.

Diante de um poder público claudicante, a população espera que as empresas ocupem esse espaço. Felizmente temos visto alguns bons exemplos, que podem inspirar outros.

No início da pandemia, quando tudo estava ainda mais desestruturado que hoje, empresas produziram itens urgentemente necessários. A Ambev, por exemplo, produziu álcool em gel para ser doado a hospitais. Outras empresas produziram máscaras de pano e face shields para profissionais da saúde e a população em geral.

O Magazine Luiza vem se destacando em ações concretas que demonstram o alinhamento de seus valores aos da maioria da população. Há duas semanas, a empresa liderou a ação “Unidos Pela Vacina”, que visa incentivar a imunização, ajudar (e pressionar) o governo e até trabalhar na logística de distribuição das doses. Algumas ações chegam a criar polêmica, como o programa de trainees apenas para negros, uma ação afirmativa lançada em setembro passado e criticada por muita gente. Nem por isso, a empresa voltou atrás com o que precisa ser feito.

Essas ações estão diretamente ligadas à liderança de Luiza Trajano, presidente do conselho do Magalu. E isso é algo que também precisa ser mencionado. Essas decisões devem ser abraçadas por todos na organização e dependem do apoio dos gestores. Caso contrário, podem se reduzir a meras ações midiáticas vazias, exatamente o que as pessoas condenam.

É importante que fique claro que não são apenas ações grandiosas que funcionam aqui. Ações simples e bem intencionadas, mesmo de empresas pequenas ou profissionais autônomos, podem produzir resultados expressivos dentro de sua esfera de influência, e são igualmente bem-vindas.

Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, disse que o “lucro não é a explicação, causa ou razão de comportamento de negócios e decisões de negócios, mas o teste de sua validade.” Apesar de essa frase ter mais ou menos meio século, ela serve perfeitamente para esse momento. Afinal, a empresa que trabalha apenas para ter lucro eventualmente chega lá. Por outro lado, as companhias que entendem que são entidades ativas dentro de uma sociedade e percebem que trabalham para a melhoria dela tendem a ter um lucro maior e a colher benefícios que as primeiras nem imaginam existir.

Portanto, se você é um gestor de uma empresa ou de sua própria carreira solo, preste atenção no que você está fazendo para a sociedade, de uma maneira genuína. Por outro lado, se você é um cliente, não tenha dúvida em exercitar seus direitos ao escolher produtos e serviços daqueles que efetivamente estão trabalhando para melhorar toda a sociedade.

Essa não é uma visão dourada ou irreal do mundo. É o caminho mais moderno para ser bem sucedido nos negócios.

Videodebate: comodidade versus qualidade

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Você prefere qualidade ou comodidade?

Como consumidor, certamente já escolheu produtos pesando os lados dessa balança. Mas e como profissional, o que é mais importante para você quando desenvolve ou posiciona um produto no mercado?

Essa decisão pode significar seu sucesso ou seu fracasso. Muitos bons produtos acabam enterrados porque, apesar de excelentes, não eram o que o consumidor queria naquele momento ou daquela forma. Quando isso acontece, acabam escolhendo outra coisa, às vezes até com uma qualidade inferior, mas que atende melhor suas necessidades.

O que temos que fazer então para nosso produto dar certo? Veja no meu vídeo abaixo o que você precisa levar em consideração nesse processo.

E você, já passou por essa escolha na sua carreira? Compartilhe aqui conosco quais foram as suas decisões e os resultados.



Você vai inovar na sua carreira ou negócio ou vai continuar aí parado?

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O visionário Norville Barnes demonstra sua revolucionária e simples invenção, o bambolê, em cena do filme “A Roda da Fortuna” - imagem: reprodução

O visionário Norville Barnes demonstra sua revolucionária e simples invenção, o bambolê, em cena do filme “A Roda da Fortuna”

Ninguém discute o valor da inovação. Grandes empresas, universidades, imprensa, gurus incensam a sua importância como o caminho para o sucesso. O próprio LinkedIn está cheio de artigos sobre isso. Mas, se o discurso é lindo, a prática é medonha: empresas e profissionais passam seus dias fazendo mais do mesmo, até se escondendo da inovação! Por que existe esse paradoxo?

Inovar não é nada de outro mundo, mas exige algumas condições, umas quantas habilidades e bastante disposição. Entretanto a nossa sociedade não anda proporcionando nada disso já há um bom tempo. Na verdade, o que vemos é um certo movimento contrário à inovação, que nasce em casa, flui pelas escolas e desemboca nas empresas. Isso é uma tragédia para o profissional, para as companhias e para a sociedade como um todo.  Então como romper isso e mudar para o rumo certo?


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Boa parte da resposta eu vi nos dias 3 e 4, quando visitei o SAP Labs Latin America, a convite da empresa. Trata-se de um centro da gigante de software para pesquisa e desenvolvimento de seus produtos e de soluções criadas com eles. Localizado no Parque Tecnológico São Leopoldo (região metropolitana de Porto Alegre), dentro da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), é um dos 19 centros desse tipo que a SAP mantem espalhados pelo mundo, o único da América Latina.

Como se pode imaginar, uma empresa assim é movida por inovação: essa é a linguagem corrente. Por isso, basta chegar ao Labs para notar a primeira coisa necessária para se inovar: um ambiente que o tempo todo convide as pessoas a fazer isso. Não apenas pela construção moderna e acolhedora ou as melhores ferramentas para se desenvolver o trabalho, mas porque a empresa e sua liderança fazem de tudo para manter acesa a fagulha criativa dos profissionais, a vontade de querer fazer algo novo ou de maneira diferente. Tanto é assim que os funcionários podem dispender 10% de seu tempo de trabalho para contribuir mesmo para projetos com os quais não estejam envolvidos.

Quantas empresas você conhece que oferecem tal coisa? Infelizmente a resposta provavelmente será “poucas”. É uma pena, pois a inovação começa a morrer justamente aí. Nem me refiro a “liberar” 10% do tempo do funcionário para ele colaborar em outros projetos, mas a criar mecanismos que incentivem o pessoal a ter uma visão diferente ou pouco convencional do mundo, transformando isso em ganhos para o negócio. E antes que alguém diga que isso é fugir do processo, não é! Trata-se apenas de liberdade de pensamento, abertura a ideias novas e pontos de vista inovadores (e até mesmo conflitantes).

Nesse ponto chegamos à maior inimiga da inovação: a capacidade de correr riscos.

 

Quem fica parado é poste!

Só há um jeito de inovar: tentando algo novo. Mas qualquer tentativa embute algo que deixa a maioria dos gestores de cabelo em pé: o risco de algo dar errado.

As empresas tradicionalmente punem seus funcionários que comentem falhas, pois entendem que estão perdendo dinheiro. Sem entrar no mérito da incoerência disso pela falibilidade humana, com esse comportamento elas jogam mais uma pá de terra sobre a inovação. Todas querem atingir o sucesso, crescer muito, destacar-se da concorrência. Entretanto, cada vez mais, isso só é possível fazendo algo incrível! Mas não dá para se chegar lá sem tentar!

O guru da administração Tom Peters costuma dizer que “o fracasso é uma medalha de honra”, pois ele demonstra que se buscou o novo. E conclui: a única maneira de não fracassar em algo é não tentar. Mas essa também é a garantia de que jamais se atingirá o sucesso!

Não é a primeira vez eu falo disso aqui, mas não tem como deixar de lado esse aspecto quando se pensa em inovação. A maior das ironias é que todos nós nascemos com a disposição para correr riscos. Crianças aprendem de duas maneiras principais: pela imitação e pela experimentação. Elas sabem que podem tentar e, se a coisa não sair como planejado, podem tentar uma outra estratégia para atingir seus objetivos. E até mesmo quando a coisa já deu certo, elas ainda buscam alternativas mais inovadoras, para fazer aquilo de uma maneira melhor! Qualquer bom gamer sabe disso! É por isso que as crianças tendem a jogar melhor que os adultos, que racionalizam e coíbem seus movimentos para minimizar as falhas.

Empresas tradicionais tendem a funcionar como esses gamers adultos, entrincheiradas naquilo que já conhecem e que, em algum momento no passado, deu muito certo. Busca-se a perfeição na mesma, acreditando que isso os protegerá da concorrência. Nada mais equivocado, pois isso tem o efeito exatamente contrário: cega a empresa e sua liderança ao novo, esteja ele dentro de casa ou além de seus muros.

E não se enganem: o novo sempre chega abalando estruturas.

 

Empresa e escola ficam melhores juntas

As novidades nem sempre são óbvias, e muitas vezes dispensam grandes investimentos, Veja o caso do bambolê, cuja invenção foi romantizada no brilhante filme dos irmãos Coen “A Roda da Fortuna” (“The Hudsucker Proxy”, 1994), cujo sucesso custou um pouco a acontecer, como pode ser visto na cena abaixo:

O brinquedo foi inventado pelos americanos Arthur Melin e Richard Knerr. No filme, surgiu da mente do mensageiro Norville Barnes (Tim Robbins). Considerado um idiota pelos poderosos da empresa, sua ideia só foi para frente como parte de um plano maquiavélico do principal executivo da empresa.

Que sorte!

Ficção à parte, o exemplo demonstra que não podemos estar cegos a possibilidades, muito menos desdenhar aquelas que são contrárias a nossas crenças. E tais possibilidades podem estar lá fora, na nossa empresa ou dentro de nós mesmos.

Mas se nascemos abertos à inovação, porque crescemos e ficamos “quadrados” desse jeito? O principal motivo, ironicamente, é a escola. Somos apresentados à punição aos erros ainda nela: afinal, quando erramos na prova, tiramos nota baixa. Além disso, somos expostos a um ambiente que prega a repetição de padrões consagrados e de competição interna constante. Logo, os 16 anos (ou mais) nos bancos escolares são suficientes para introjetarmos os conceitos de que devemos “estudar para a prova” (e não para aprender) e trabalhar sozinhos.

Não é de estranhar, portanto, que cheguemos às empresas com dificuldade em trabalhar em grupo e com nossa iniciativa e nossa criatividade tolhidos. Somos máquinas de execução de tarefas repetitivas, mesmo em atividades que deveriam ser essencialmente criativas, como o marketing.

Desnecessário dizer que a escola precisa abandonar esse modelo oriundo da Revolução Industrial e criar algo que forme profissionais e cidadãos para o mundo atual, dispostos e capazes de inovar, com uma visão comunitária desenvolvida, e que queiram muito mais colaborar que competir. E isso tem que começar na Educação Infantil e ir até a pós-graduação.

Nesse sentido, o lugar onde o SAP Labs Latin America fica também é incrível. Aquele edifício de 17 mil metros quadrados foi construído dentro da Unisinos não por acaso: a empresa criou ali iniciativas como o SAP Next-Gen, que permite que estudantes, professores, pesquisadores, startups e a própria SAP colaborem entre si para a criação de soluções para a comunidade.

Como professor, isso é algo que me encantou, pois eu sinto muita falta de uma maior proximidade entre os mundos acadêmico e empresarial. A grande maioria das universidades resiste a parcerias como essa, como se as empresas fossem, de alguma forma, macular seu ensino e sua pesquisa.

Tremenda bobagem! O resultado dessa resistência são recém-formados com conhecimentos inadequados para o mundo em que vivemos, e uma avalanche de pesquisas que não têm nenhuma utilidade social. E eu sempre digo: pesquisa para ficar pegando poeira em biblioteca de universidade não serve para nada: deveria ser proibida! Os países mais desenvolvidos são justamente aqueles em que a universidade assume o seu papel de inovação, e produz para a sociedade e não apenas para os egos acadêmicos.

 

Esteja aberto ao novo

Não sabemos de onde virá o próximo grande sucesso. Mas, se quisermos ter a chance de fazer parte dele, devemos estar abertos ao novo, olhar o que está a nossa volta, valorizar as ideias, especialmente as que são diferentes das nossas.

A cena acima do bambolê é fictícia, mas a abaixo, do filme “Piratas da Informática” (“Pirates of Silicon Valley”, 1999), é real. Mostra como os engenheiros da Xerox desenvolveram o conceito de interface gráfica e o mouse, e acabaram ridicularizados pela direção da empresa. Eles acharam aquilo uma bobagem e entregaram tudo de mão beijada para Steve Jobs usar na Apple:

Sim, Steve Jobs “roubou” a ideia da Xerox, que não viu valor em uma inovação que simplesmente mudaria o mundo. Mas o Lisa, primeiro computador da Apple com essa tecnologia, foi um fracasso. O sucesso só veio um ano depois, com o lançamento do Macintosh.

Que teria sido da Apple, de Steve Jobs ou do mundo se ele se acorvardasse diante dos inúmeros desafios técnicos, da resistência na própria empresa, dos riscos gigantescos de seus projetos? É verdade que ele era uma pessoa extremamente difícil de lidar, mas isso não é pré-requisito para ser inovador. Felizmente, como ele “bancou” tudo isso, o mundo ganhou o Apple II, o Mac, o iPod, o iPhone e o iPad. E todos os produtos da concorrência derivados deles.

Portanto, a mensagem que deixo aqui, inspirado pelo que vi no SAP Labs, é que não devemos nunca deixar de seguir adiante. Temos que querer melhorar o que fazemos, nosso negócio e nossa carreira, E podemos fazer isso! Se a sua empresa não pensa assim, faça um favor a você mesmo: mude de emprego! É por isso que companhias “quadradinhas” acabam perdendo os seus melhores profissionais.

É claro que dificuldades aparecerão pelo caminho. Mas, longe de serem obstáculos intransponíveis, elas servem para depurar o que criamos e fazer de nós mesmos profissionais e pessoas melhores. Vá em frente!


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Seu sucesso pode vir quando você tocar a vida de alguém

By | Educação | 8 Comments

Imagem: Visual Hunt / Creative Commons

Eu sei: a vida não está fácil; a crise não dá sinais de trégua. Nessas horas, o velho ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro” ganha força! Uma multidão corre atrás do seu sucesso, tentando demonstrar sua competência, se especializando e, às vezes, até mostrando os dentes agressivamente. Mas minhas andanças nesses últimos tempos –e tenho andado cada vez mais vezes e mais longe como Top Voice– têm reforçado uma velha crença minha: seu sucesso pode vir dessas ações focadas em você, claro. Mas ele virá mais rapidamente e melhor quando você tocar a vida das pessoas. E as redes sociais podem ser ótimas para isso, desde que bem usadas.

O motivo é muito simples: nunca sabemos de onde virá o sucesso, assim como não dá para antecipar o próximo vídeo viral. Por mais que tracemos uma meta e trabalhemos duro para ela, não há nenhuma garantia que chegaremos lá, pois sempre há uma variedade de fatores externos que não estão sob nosso controle.


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Uma boa maneira de ampliar nossas chances é trazer mais gente boa para nosso barco. Não como funcionários, fornecedores ou mesmo clientes. O melhor tipo de companheiro nessa jornada é aquela pessoa que, mesmo não o conhecendo pessoalmente, saiba de seu propósito, seus valores, seus sonhos, e concorde com neles!

Como fazer isso? Falando com os outros, demonstrando empatia com pessoas e causas em que você acredite, estando genuinamente aberto para ajudar o próximo no que for possível. Não é doação financeira, não é trabalho voluntário (apesar de essas ações também serem muito positivas). É algo mais poderoso que isso: estar disponível e com o coração desarmado até para pequenas ações, como ouvir o que o outro tem a dizer, dar um conselho, compartilhar boas ideias.

Nesse tipo de alinhamento, existe uma combinação rara de conversa com o cérebro e com o coração do outro. Seu novo companheiro estará então com você promovendo o que você acredita e, de quebra, o que você é e o que você faz. Em outras palavras, o resultado disso é uma reputação consistente naquilo que você faz, algo inestimável no mundo atual dos negócios.

A essa altura do campeonato, alguns podem estar achando isso um tanto oportunista e até maquiavélico.

E é aí que você escolhe os bons companheiros de jornada.

 

Não existe gentileza falsa

Há muitos anos, meu chefe na época me disse algo que nunca mais esqueci: “não existe percepção errada”. Você pode criar um produto incrível, comunicá-lo da melhor maneira possível. Mas nada impede que seus clientes entendam tudo diferentemente. Eles terão percebido as coisas assim! E não é uma “percepção errada”, pois é a percepção deles.

Da mesma forma, não existe gentileza de mentira. Ou você é ou você não é. Quem fica se esforçando (talvez sofrendo) para ser gentil na verdade não é nada disso.

É por isso que, se você conseguir fazer o que propus de uma maneira leve e natural, você jamais estará sendo oportunista e muito menos maquiavélico. Por isso, não tenha medo de julgamentos.

E sabe o que é o mais interessante disso tudo? As pessoas percebem o que você realmente é!

Voltando ao campo dos negócios, não há melhor propaganda que essa! Pelo simples fato de que não é publicidade: ninguém está pagando nada a ninguém. É uma troca genuína de ideias e de propósitos, que pode render novos clientes e até novos mercados para os envolvidos.

Esse tipo de comportamento precisa de incentivo e de divulgação, seja dentro da empresa para clientes, fornecedores, parceiros e o público em geral. As redes sociais, e o LinkedIn particularmente, são provavelmente as melhores ferramentas para essa nobre tarefa. Pois elas propagam ideias muito, muito além de nossos limites pessoais. E de uma maneira mais convincente que qualquer propaganda.

Tem que espalhar!

 

Ouça mais, fale menos

Em outra experiência profissional que tive há muitos anos, em uma empresa de alta tecnologia que respirava valores típicos do Vale do Silício, os funcionários começaram a pedir para conversar com o presidente para lhe exporem suas ideias para o negócio e suas percepções (de novo elas) sobre a empresa. Acontece que, naquele momento, o presidente era alguém com uma visão mais conservadora de gestão. Por isso, sua resposta a esse clamor generalizado foi colocar uma caixinha de sugestões com o logo da empresa no saguão do andar da diretoria.

Sabe de nada, inocente!

Nem uma única sugestão jamais entrou na tal caixinha! Os funcionários se sentiram desprestigiados e o presidente ainda virou motivo de chacota. Pois ele não entendeu nada! E não entendeu porque, no fundo, ele não queria ouvir coisa alguma daquelas pessoas.

Para infelicidade geral, ele foi o presidente que conduziu a empresa ao encerramento de suas operações, algum tempo depois.

Quando queremos construir um relacionamento de qualquer natureza, pessoal ou profissional, precisamos estar preparados para ouvir o que o outro tem a dizer. E, nesses tempos acelerados, essa é uma virtude cada vez mais difícil de se encontrar. Pois todos parecem ter algo a dizer, inclusive para demonstrar como são competentes e que, assim, merecem uma chance de atingir o sucesso.

Só que o mais sábio não é aquele que tem muito a dizer, é aquele que sabe ouvir mais que falar, e, com isso, construir algo positivo para todos.

Parece óbvio. Aliás, muitos podem pensar que esse texto está cheio de obviedades. E está mesmo.

Mas então por que tão pouca gente age assim?

Ser gentil, demonstrar empatia, viver com humildade estão entre as coisas mais nobres e valiosas que qualquer um pode oferecer ao outro. Esse alto valor vem justamente da sua raridade. O que é uma pena, pois tem um grande poder de transformação pessoal e social.

Então, se a crise está feia e a necessidade de alcançar o sucesso nunca pareceu tão importante, comece a prestar mais atenção a quem está a sua volta, ainda que virtualmente nas redes. Ouça o que têm a dizer. Retribua! Ofereça algo de coração a todos. Esse é o melhor caminho para o sucesso hoje.


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Não tem mágica: o sucesso NÃO acontece por acaso

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Cena da paródia “Qual é a senha do WiFi”, de Whindersson Nunes – Imagem: reprodução

Cena da paródia “Qual é a senha do WiFi”, de Whindersson Nunes

No dia 4, Whindersson Nunes destronou o Porta dos Fundos da posição de maior canal brasileiro do YouTube, coroa que ostentava desde abril de 2013. O novo rei da montanha era um completo anônimo até havia pouco tempo, e sua história é muito parecida com a de milhares de youtubers que buscam o estrelato, além de um sem fim de empreendedores que tentam dar certo com todo tipo de negócio. Mas então por que temos tão poucos Whinderssons e empreendedores de sucesso?

A história do youtuber, que faz paródias musicais e comenta descontraidamente o seu cotidiano, fica ainda mais interessante por ser um sucesso completamente improvável. E disso qualquer um de nós pode aprender algo útil.

Originário de Bom Jesus, que fica a 635 Km de Teresina (PI), ele sequer tinha uma câmera ou acesso à Internet quando começou há cinco anos: andava três quilômetros até a casa de uma amiga para emprestar o equipamento e depois ainda subia o vídeo com sua conexão. Tampouco tinha cenário, iluminação ou técnica: gravava tudo em seu quarto desarrumado. E, durante dois anos, fez isso para os pouquíssimos gatos pingados que o assistiam.

Até que, nos primeiros dias de 2013, publicou a paródia abaixo, “Alô vó, tô reprovado”, gravado modestamente em uma escola:



Nas primeiras horas, parecia ser apenas mais um vídeo que não daria em nada, mas, da noite para o dia (literalmente), o vídeo teve 300 mil visualizações. Em um mês, chegou a 5 milhões de visualizações e o canal ganhou 30 mil inscritos, tornando-se o maior do Nordeste.

Foi quando Whindersson teve a sua conta invadida e o canal apagado. Perdeu todos os seus vídeos e, o que era pior, todos os seus inscritos e outras métricas importantes para o YouTube. Entretanto, apesar de todo o seu desgosto, ele insistiu: recriou o canal e conseguiu seguir o caminho que tinha começado a trilhar do ponto em que tinha sido interrompido.

Muita gente torce o nariz para Whindersson e questiona como alguém que “nem fala direito” pode fazer tanto sucesso!

Certamente não foi por acaso.

 

Dedicação e um bom produto

A primeira coisa que digo a esses incrédulos é que primeiramente eles precisam se despir de seus preconceitos. Eles podem ter um monte de argumentos legítimos para achar que Whindersson Nunes só faz porcaria, e que, portanto, seu sucesso seria indevido.

Essas pessoas precisam aprender (ou aceitar) que ele é bom no que faz e que seu produto é bom. Talvez apenas não seja para eles. Mas é para muita (aliás muitíssima) gente que se identifica e se diverte com o youtuber.

Ninguém chega a 13 milhões de inscritos no YouTube (valores do momento em que estou escrevendo esse artigo) à toa. Poderia me resumir a dizer que isso só aconteceu pela sua dedicação, mesmo diante de um duro golpe (como quando seu canal foi excluído), ou por acreditar em seu sonho. Mas isso seria simplificar demais a coisa, e ficaria parecendo mais um daqueles textos de autoajuda do tipo “sim, você também pode se acreditar!”

Claro que isso tudo é ingrediente do seu sucesso! Mas não é tudo. Whindersson sabe qual é seu talento e o empacota muito bem em um produto. Em nenhum momento, ele tenta agradar a todos, mesmo porque isso é impossível, especialmente em um produto cultural.  Além disso, com o tempo, foi refinando sua técnica, investiu em equipamentos e hoje pode até se dar ao luxo de contratar equipes para fazer vídeos muito bem produzidos, como “Qual é a senha do WiFi”, seu maior sucesso (mais de 38 milhões de visualizações até agora), que pode ser visto abaixo:



Mas Whindersson não está sozinho nisso.

 

Conheça seus clientes

O YouTube está cheio de outros exemplos de “gente como a gente” que ficou famosa. Garanto que nunca foi “sem querer”.

Gosto muito do exemplo da Kéfera Buchmann, quase 10 milhões de inscritos, dois livros publicados e, atualmente, fazendo sucesso no cinema. Ela também começou bem devagar, há seis anos, com o vídeo abaixo:



Assim como acontece com Whindersson, muita gente fica incomodada com o sucesso dela. E, assim como no outro caso, isso demonstra uma enorme miopia.

Kéfera sabe muito bem quem é seu público: meninas adolescentes. Ela também sabe o que elas querem, do que gostam, como falam, onde estão. E, com isso, conseguiu formatar o seu produto –ela mesmo– para que seus clientes –as meninas– se identifiquem totalmente com ele.

Por isso, ela fala para as meninas! Não fala para os meninos, nem para os namorados das meninas, nem para a mãe das meninas. Claro que todos eles também assistem a seus vídeos, mas isso é circunstancial: Kéfera foca sua produção para seus clientes.

Além disso, apesar de o Youtube ser o seu principal local de exposição, ela está presente em todas as redes sociais. Mais que isso: ela sabe aproveitar o que cada uma tem de melhor, suas características particulares, para maximizar seus resultados. Com o tempo, aprendeu a fazer isso também em outros pontos de contato, inclusive na mídia tradicional.

Portanto, não tem nada de acaso nessas histórias. E não há só humor, dedicação ou persistência dos protagonistas. Isso é marketing de primeiríssima qualidade.

Há ainda um último grande ensinamento que Whindersson e Kéfera podem dar a qualquer um: eles falam com seus clientes.

A imensa maioria das empresas são guiadas por um pensamento tacanho de que não precisam se relacionar com quem consome seus produtos. Seguem a cartilha escrita no século passado que diz que basta ter um bom produto e fazer uma boa campanha de marketing para as pessoas saberem de sua existência e compararem sua produção. E acham que o trabalho acaba quando a venda é feita.

Bem, as coisas não são mais assim. Os consumidores hoje querem se relacionar com quem produz aquilo que compram. Querem falar e receber resposta. E não pode ser qualquer uma: assessoria e SACs com respostas padronizadas já não funcionam tão bem.

Whindersson, Kéfera e muitos outros empresários dessa nova forma de economia, que vai muito além de vídeos no YouTube, demonstram uma empatia genuína com seus clientes. Esse é um sentimento que, cada vez mais, resulta em relações comerciais mais duradouras e eficientes.

Como se pode ver, não há sucesso por acaso.


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Você consegue ignorar o que Facebook joga na sua cara?

By | Jornalismo, Tecnologia | 11 Comments

Foto: Visualhunt / Creative Commons

Há alguns dias, o Facebook foi acusado de censurar conteúdos conservadores. Mais que uma cisma política, a gritaria daqueles produtores era pela queda na audiência que isso lhe causaria. Tudo porque as pessoas devoram, quase sem pensar, o que ganha destaque no seu feed de notícias ou nas suas listas. Mas o fato é ainda mais delicado que parece.

Ele reabriu o debate sobre a influência que o Facebook tem sobre seus 1,65 bilhão de usuários. Mas também expôs que, além dos seus algoritmos, a empresa teria um grupo de editores com poder de censura (o que a empresa nega), o que seria gravíssimo, por conta desse poder. Além disso, escancarou a dependência que os veículos de comunicação têm da rede, que se transformou no maior distribuidor de jornalismo do mundo.


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O Facebook afirma que sua missão é “fazer do mundo um lugar mais aberto e conectado”. Apesar disso, de aberto, ele tem muito pouco: ninguém sabe exatamente quais seus critérios para destacar algo na infinidade de conteúdos publicados nele por pessoas e por empresas.

Agora considere que, segundo o respeitado Pew Research Center, 63% dos usuários do Facebook e do Twitter leem notícias nessas redes. Mas onde mais importa –nos smartphones– o Facebook é, de longe, quem mais manda pessoas para os sites dos veículos de comunicação. E o instituto ainda diz que quanto mais as pessoas ficam no Facebook, mais notícias elas consomem.

Como os veículos perderam sua capacidade de sedução, cada vez mais eles dependem das redes sociais para atingir o público que um dia já foi seu. Por isso, fazem tudo o que o Facebook manda. Parece até que o algoritmo ficou mais importante que seus próprios clientes.

É aí que mora o perigo!

 

Escrevendo para o sistema

Quantas vezes você não clicou em um post no Facebook e caiu em uma página que tratava muito pouco daquele assunto?  Ou viu algo que propunha um mistério “irresistível” para você clicar e descobrir o que era? Ou ainda teve a impressão de que um veículo “sério” parecia ter muito mais notícias “divertidas” nas suas publicações no Facebook que no próprio site? Bem, você não está sozinho nesses sentimentos: essas práticas são “caça-cliques”.

No final das contas, o que vemos são os veículos não mais promovendo aquilo que importa para a sociedade, mas o que é mais adequado ao algoritmo ou o que cria mais apelo à audiência fácil, em um novo “sensacionalismo de rede social”. Fazendo isso, os veículos abalam ainda mais a sua já bastante corroída credibilidade junto ao público, jogando na lata do lixo a sua nobre função de, além de informar, formar o cidadão.

O Facebook já percebeu que está com a faca e o queijo na mão, e não está disposto a perder a oportunidade de reforçar ainda mais a sua posição de “maior banca de jornal do mundo”. E, até agora, seus esforços estão dando ótimos resultados, fazendo até a Apple comer poeira, com seu malfadado serviço Apple News não conseguindo decolar.

Além de algoritmos que dão cada vez mais aquilo que o leitor quer saber, a rede social vem lançando alguns recursos para amarrar ainda mais os veículos, como a capacidade de as pessoas obterem notícias a partir do Messenger ou os Artigos Instantâneos, que carregam reportagens e artigos muito rapidamente, desde que não se saia do próprio Facebook.

Os veículos de comunicação, por não conseguir mais falar ao coração do seu público, abraçam tudo isso, como tábuas de salvação. Ótimo para o Facebook: cada vez mais as pessoas consomem noticiário dentro da sua plataforma. Péssimo para quem produz esse material: pesquisa da Digital Content Next indica que, nas redes sociais, 43% das pessoas já não sabem quem produz o que consomem.

E assim a rede de Mark Zuckerberg dita mais e mais o que cada um de nós deve ler.

 

Moldando mentes

Apesar de toda essa relevância na indústria da notícia, o Facebook não é um veículo de comunicação. Dessa forma, seu objetivo é tão somente fazer com que as pessoas naveguem mais pelos seus produtos. Ele não tem a função social que os veículos têm (ou deveriam ter) de informar e formar.

Se o seu algoritmo tenta entregar apenas aquilo que a pessoa quer ver, eliminando o que lhe desagrada (mesmo aquilo que ela precisa saber), e os veículos de comunicação ficam fazendo o “joguinho” do Facebook, o resultado a médio prazo é uma população desinformada, desengajada e socialmente deformada. É a combinação do pior de dois mundos.

E quando se fala disso, não há como não mencionar o estudo que Adam Kramer, pesquisador do Facebook, realizou em 2012, demonstrando que é possível “transferir estados emocionais” a pessoas simplesmente manipulando o que elas veem online. No experimento, os feeds de notícias de 689.003 usuários (1 a cada 2.500 na época) foram manipulados pelo sistema por uma semana. Metade deles ficou sem receber posts negativos; a outra metade não viu nada positivo.

Análises automatizadas comprovaram que usuários expostos a posts neutros ou positivos tendiam a fazer posts mais positivos, enquanto os expostos a posts neutros ou negativos tendiam a fazer posts mais negativos! Trocando em miúdos, Kramer atuou decisivamente no humor de quase 700 mil pessoas deliberadamente manipulando seus feeds de notícias. O paper foi publicado na prestigiosa “Proceedings of the National Academy of Sciences of USA”. Vale lembrar que o mesmo Kramer, em outra ocasião, já tinha aumentado o comparecimento dos americanos às urnas, também manipulando seus feeds. Isso em um país em que não é obrigatório votar.

No final das contas, o que temos aqui é um poderosíssimo algoritmo capaz de embrutecer e manipular a população (apesar de o Facebook negar que faça isso) e uma mídia fragilizada, que fica dançando a música da rede social em troca de migalhas de atenção. Então, se a empresa realmente tiver editores censurando conteúdos específicos, como foi dito, isso seria o menor dos problemas.

Não temos como exigir que o Facebook encampe os valores de cada sociedade e passe a fazer o trabalho no qual os veículos de comunicação têm fracassado miseravelmente, pois ele não é um deles. Mas podemos pelo menos tentar fazer com que as pessoas usem a rede social de uma maneira mais consciente e criativa.

Para isso, debates em torno de assuntos como esse são fundamentais para a conscientização de todos! Ninguém precisa parar de usar o Facebook: é só não ceder ao prazer imediato e fugaz de conteúdos rasos, e sair clicando, curtindo e compartilhando tudo o que o Facebook joga na sua cara. E desconfiar sempre! Nessas horas, ignorar pode ser a ação mais efetiva.


Vamos falar sobre a linguagem certa para público certo na Social Media Week? Esse é o segredo do sucesso nas redes sociais. É só entrar nesta página e clicar no botão verde de CURTIR abaixo da minha foto.


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