Monthly Archives: dezembro 2018

Videodebate: como fazer um 2019 melhor?

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Estamos às portas de 2019. É hora de criar planos para o ano novo, que promete muitas coisas. Mas elas só se concretizarão se cada um de nós fizer sua parte.
O que você precisa para que seus projetos se realizem? Como o meio digital pode ajudar nisso? Nesse meu último vídeo de 2018, faço algumas sugestões para que sua carreira e seu negócio despontem nas redes sociais, nesse novo ano que começa.


 


 

Reflexão: o novo dono pode salvar a Abril?

By | Jornalismo | No Comments

Logo da Editora Abril no seu edifício na Marginal Tietê

Na sexta, às vésperas do Natal, a família Civita acertou a venda da Editora Abril ao empresário Fábio Carvalho, especialista em recuperar empresas em crise. A Abril, no bico do corvo há anos, está em recuperação judicial desde agosto.

Com o valor da transação, dá para comprar um carro: R$ 100 mil. Carvalho assume as dívidas (cerca de R$ 1,6 bilhão), mas esse passivo deve encolher com negociações com os bancos, que precisam aprovar o negócio, assim como o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Espera-se que o negócio seja concluído até fevereiro.

Vejo com bons olhos a mudança. Primeiro porque os atuais Civita se demonstraram incompetentes para gerir o negócio criado pelo avô Victor Civita (1907-1990) em 1950, sendo os responsáveis por essa situação horrorosa. Depois porque Carvalho tem feito declarações interessantes sobre o futuro da mídia (leia em http://bit.ly/2T1Gtiq). Faço votos que ele salve a Abril.

É inevitável pensar em Jeff Bezos, dono da Amazon, que comprou, com US$ 250 milhões do seu bolso, o The Washington Post, e deu nova vida ao jornalão. Não mexeu na parte editorial, mas investiu e mudou seu modelo de negócios para melhor! Agora, se o negócio da Abril será um presente de Natal para os envolvidos, só o tempo dirá. 

A inteligência artificial pode ser a máquina perfeita de sedução

By | Tecnologia | No Comments
O personagem Theodore, do filme “Ela”, e sua amada Samantha: o sistema do celular que carrega em seu bolso - Foto: divulgação

O personagem Theodore, do filme “Ela”, e sua amada Samantha: o sistema do celular que carrega em seu bolso

Você se apaixonaria por uma máquina? É uma pergunta séria! Portanto, antes de mandar um sonoro “não” como resposta, deixe-me fazer outras indagações: o que é necessário para se apaixonar por alguém (ou por algo), e quanto a inteligência artificial já pode influenciar nisso?

Acha tudo isso maluquice? Pois saiba que estamos bem próximos de isso se tornar realidade! E pode ter impactos incríveis em sua vida pessoal e profissional.

O tema já foi amplamente explorado pela ficção, em filmes e livros. Um dos melhores exemplos é o filme “Ela” (“Her”, 2013), em que o protagonista Theodore (Joaquin Phoenix) se apaixona pelo sistema operacional inteligente de seu computador e de seu celular (chamado de Samantha), personificado pela voz de Scarlett Johansson.


Vídeo relacionado:


O filme é construído com grande sensibilidade por Spike Jonze. Mas, apesar de Theodore estar passando por uma fase depressiva, o que o faz se apaixonar por Samantha não é sua carência. O que o conquista é o fato de que o sistema sabe tudo sobre ele, pois tem acesso a todo tipo de banco de dados sobre o sujeito. Mais que isso: os dois sempre conversan, e Samantha aprende continuamente do que ele gosta. Resultado: ela sempre oferece o que ele precisa, mesmo coisas inesperadas.

Trazendo para nossa realidade, qual foi a última vez que você foi seduzido por um sistema?

 

O vendedor perfeito

Não, não me refiro no sentido romântico ou sexual, mas, por exemplo, para comprar algo. Afinal, uma boa venda também é uma forma de sedução. E, se até então isso era privilégio dos bons vendedores, cada vez mais a tecnologia ocupa esse espaço, seja por sistemas de autoatendimento no e-commerce, seja como suporte para vendedores humanos.

Quem trabalha com CRM, sabe que os quatro pilares para conseguir uma boa venda combinam a oferta certa, para o cliente certo, no momento certo e no canal certo. Se qualquer um deles não for atendido, a venda ainda pode acontecer, mas será mais difícil. Por outro lado, se os quatro estiverem presentes, é quase certo que o consumidor fará a compra.

Os departamentos de marketing e comerciais sempre trabalharam duro para isso. Mas essa tarefa está cada vez mais complexa, porque nós, os consumidores, também estamos sendo modificados pela tecnologia, que nos dá um incrível poder de escolha e acesso ubíquo a informações e serviços. Em um fenômeno que está sendo chamado de “pós-consumidor”, queremos tudo do nosso jeito, na nossa hora, de um jeito fácil e, ainda por cima, barato.

A melhor (e possivelmente em um futuro próximo, será a única) maneira de se manter nesse jogo é usando a tecnologia para compreender esse consumidor. A exemplo do que Samantha fez com Theodore, tecnologias como machine learning, Internet das Coisas, big data, análises preditivas e linguagem natural já permitem que empresas conheçam, de maneira cada vez mais profunda, seus consumidores, para atender, com incrível precisão, os pilares do CRM acima.

Esse, aliás, foi o tema da minha apresentação no “Colóquio de Inteligência Artificial e Redes Sociais”, realizado no dia 13 de dezembro pelo grupo de pesquisa Sociotramas, do qual faço parte na PUC-SP. Se quiser assistir à minha fala de 15 minutos, ela está no ponto no vídeo abaixo (aproveite para ver também toda a íntegra do evento: discussões de alto nível).


Vídeo relacionado:


Discutimos, inclusive, alguns exemplos, como as “vitrines inteligentes” da SAP. Com esse sistema, câmeras captam a imagem de uma pessoa que estiver diante da vitrine de uma loja, tentando identificar algumas informações suas essenciais para a venda, como sexo, faixa etária, como se veste e até mesmo o humor do indivíduo. Toda essa informação é cruzada com diversas bases de informações, sejam estatísticas, vindas de big data, ou do próprio indivíduo, para sugerir a melhor oferta para ele.

Falei também da tecnologia de “remessa antecipada” da Amazon, em que a gigante do varejo tenta “adivinhar” o que um consumidor quer. O objetivo é ter o item no centro de distribuição mais próximo dele antes mesmo de o pedido ser feito, para que possa ganhar da concorrência no prazo de entrega.

Se a coisa for bem-feita, é um cenário em que todos ganham. Afinal, o consumidor receberá uma boa oferta de algo que quer, na hora que busca aquilo. Portanto, suas necessidades estarão sendo bem atendidas. Do lado do varejo, ao prestar esse ótimo atendimento, suas vendas tendem a crescer. Mais que isso: há uma boa chance de aquele consumidor ser ainda fidelizado.

Mas fica sempre a dúvida: as empresas não podem passar dos limites e invadir a nossa privacidade além do razoável –e permitido? Na verdade, no colóquio acima, foi perguntado para mim quem nos protege disso.

Quais são os riscos a que estamos expostos nessa história?

A privacidade morreu?

É claro que existem limites éticos e morais nisso tudo. Aliás, nesse ano foi sancionada a Lei Geral de Proteção de Dados , que trata do assunto.

Mas precisamos ter clara uma coisa: a privacidade como conhecíamos até havia bem pouco tempo, já não existe mais. Como disse no colóquio a minha orientadora Lúcia Santaella, a partir do momento em que tornamos públicas (e, na maioria das vezes, de maneira irrestrita) nossas informações pessoais, fica difícil querer exigir garantias de privacidade.

O que existem são boas práticas, tanto para empresas quanto para nós, consumidores. Para elas, a primeira recomendação é usar os dados das pessoas apenas para os fins concedidos. Ou seja, se o usuário lhe entregou dados para ganhar descontos nas farmácias, isso não deve ser usado para definir o preço de planos de saúde (ou ainda vender um carro!). Da mesma forma, esses dados não devem ser compartilhados com terceiros. Por fim, as empresas não devem enganar o usuário para coletar dados, como acontece muito nesses infames joguinhos no Facebook, que roubam um monte de nossas informações para, por exemplo, dizer apenas com qual celebridade nos parecemos.

Quanto a nós, o que precisamos fazer é aceitar que esse é o jogo atual. Somos continuamente rastreados, das mais diferentes formas, e não há como escapar disso. Mas precisamos ter, pelo menos, consciência de que isso está acontecendo, para não entregarmos alegremente tudo o que somos a qualquer um. Da mesma forma, considerando que estamos nessa “para valer”, aprendamos a aproveitar todos esses recursos para conseguirmos o que buscamos, com as melhores vantagens disponíveis.

Não vamos nos apaixonar pelo e-commerce, mas, se todos fizerem bem a sua parte, realmente é um cenário em que todos podem ganhar. No final, nossa vida fica melhor.

Só não estamos ainda na pele de Theodore.

Ainda.


E aí? Vamos participar do debate? Role até o fim da página e deixe seu comentário. Essa troca é fundamental para a sociedade.


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Videodebate: esse é o fim da verdade?

By | Jornalismo | No Comments

Você já teve a sensação de não saber mais se o que acabou de ver nas redes sociais é verdadeiro ou falso?
Vivemos um momento em que todos querem ter opinião sobre tudo, não importa quão descolada da realidade ela seja. E “ai” de quem discordar dela! Desse jeito, fica difícil…
Há três anos, o filósofo italiano Umberto Eco chegou a dizer que “as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis”. Será que ele estava certo?
O problema é que não conseguimos viver em um ambiente no qual não podemos confiar em nada ou ninguém. Como resolver isso então? Veja minhas sugestões abaixo, no meu vídeo mais recente  E depois compartilhe suas impressões aqui nos comentários.



 

Videodebate: o que você causa nas pessoas

By | Educação | No Comments

Você tem UM GRANDE PODER nas mãos, mas talvez não saiba: o poder de influenciar as pessoas que estão a sua volta.
Com as redes sociais, ele ficou muito maior. E, junto com ele, você ganhou também uma grande responsabilidade!
Sim! Pois muita gente acredita no que publicamos nas redes, desde uma singela foto, até um artigo bastante analítico. E graças aos algoritmos de relevância das redes sociais, nosso conteúdo ganha públicos cada vez maiores.
Desnecessário dizer que, se dermos uma mancada, nossa reputação pode ir por água abaixo. Isso inclui escorregadas éticas, um caminho perigoso que muitos trilham, por parecer mais fácil para atingir seus objetivos.
Não caia nessa armadilha! Veja no meu vídeo abaixo como usar essa poderosa ferramenta para melhorar sua imagem, conseguir mais clientes ou aquele emprego tão sonhado!
Use esse poder para melhorar a sociedade ao seu redor. Que exemplos (bons e ruins) você tem para compartilhar conosco aqui nos comentários?



 

Videodebate: busque seus sonhos

By | Educação | No Comments

Pílula de cultura digital para começar bem a semana 🙂
Por que, às vezes, abandonamos nossos sonhos?
A oportunidade que pode mudar nossa carreira ou levar nosso negócio a um novo patamar pode estar bem diante de nós, mas a deixamos passar, porque não botamos fé, alguém disse que não daria certo ou simplesmente amarelamos.
Temos que aprender a correr riscos conscientemente! Sem isso, não se sai do lugar. E a vida fica morna e sem graça
Conheça um pouco da minha história de transformação pessoal no vídeo abaixo: uma jornada que começou ainda na adolescência, e da qual nunca me afastei.
E você, qual o seu sonho? Já o conquistou? Está no caminho certo? Ou tem algo segurando você? Conte sua história aqui para gente nos comentários.