Monthly Archives: novembro 2019

A personagem Vivi Guedes grava vídeo de despedida de seu perfil no Instagram - Foto: reprodução

O que aconteceu com Vivi Guedes? (e o que você pode aprender disso)

By | Tecnologia | No Comments

A novela global “A Dona do Pedaço”, que terminou na sexta (22/11), deixou alguns legados para o marketing, com integrações inusitadas entre diferentes mídias, indo muito além do cada vez mais batido merchandising. E essa narrativa transmídia serve a qualquer negócio.

Sem dúvida, a mais bem-sucedida foi protagonizada por Vivi Guedes (Paolla Oliveira), uma influenciadora digital na novela, que transcendeu os limites da trama. A personagem ganhou um perfil real no Instagram (@estiloviviguedes), que chegou a ter 2,7 milhões de seguidores, todos conquistados no período da história. Eles interagiam com a personagem como se fosse uma pessoa real. Os responsáveis pelo perfil respondiam como Vivi, mesmo porque as conversas giravam em torno do que ela vivia na ficção. Foi um jeito bastante novo de se “derrubar a quarta parede” (quando personagens de filmes, novelas, séries e até livros interagem diretamente com o público).



O perfil foi anunciado na novela e regularmente trazia conteúdo gerado dentro da trama, como seus ensaios fotográficos. Além disso, campanhas publicitárias (bem reais) na TV também aconteciam no Instagram de Vivi Guedes, de maneira integrada.

Por tudo isso, com a aproximação do fim da novela, o mercado começou a questionar o que aconteceria com essa pequena mina de ouro. Mantê-la ativa significaria manter um contrato adicional com Paolla Oliveira.

A saída foi negociar o perfil dentro da própria trama. Curiosamente quem “comprou” a conta foi a própria Globo! No penúltimo capítulo da novela, a personagem Kim (Monica Iozzi), agente de Vivi, anuncia que estava negociando o perfil com a emissora.

De fato, três dias após o fim da novela, o perfil @estiloviviguedes foi rebatizado como @PraVcArrasar, e se transformou em uma plataforma da emissora sobre moda e beleza. Nada mal: a Globo entra nesse filão no Instagram com quase três milhões de seguidores logo de cara!

Vivi Guedes saiu totalmente de cena, apesar de todo o seu conteúdo continuar disponível lá. Para marcar essa passagem, o perfil exibe um vídeo de despedida, que foi “gravado” durante a novela. Outra iniciativa inusitada foi um vídeo com Paolla Oliveira entrevistando Vivi Guedes, que está disponível na Globo.com.

Mas nem tudo são flores. A mudança desagradou fãs de Vivi Guedes. Muitos deles estão protestando nas postagens no novo formato, fazendo menção à antiga musa. Cerca de 100 mil pessoas deixaram de seguir o perfil nos primeiros três dias da mudança.

É um mundo conectado

Bons ensinamentos podem ser tirados dessa iniciativa, aplicáveis a qualquer profissional ou negócio.

O primeiro deles é que, já há bastante tempo, não existe mais divisão entre “mundo online” e “mundo real”. Isso tem até nome: cibridismo.

Nosso público e nossos clientes, que interagem conosco presencialmente, cada vez mais desejam continuar essas trocas no mundo digital, de maneira transparente. E nada mais natural, com a completa imersão digital em que vivemos, graças à combinação dos smartphones e das redes sociais. Interagir com uma marca ou com um profissional pelo celular é tão natural (e, para muitos, até preferível) quanto fazer isso ao vivo.

Consequentemente, todos precisam estar preparados para oferecer essa interação continuamente. Não apenas do ponto de vista de sistemas, mas também de narrativa, discurso e linguagem.

Consumidores abandonaram sua tradicional posição passiva. Hoje querem participar do processo, da divulgação, se possível até da produção. A tão falada experiência do consumidor começa muito antes e vai muito além da compra do produto ou da contratação do serviço. Mais: ela impacta até mesmo aqueles que não são nossos clientes. E temos que dar atenção a eles, pois, com interações bem construídas e alinhadas com as expectativas do público, essas pessoas nos ajudam a vender nosso peixe.

E sua marca, já está fazendo isso?


E aí? Vamos participar do debate? Role até o fim da página e deixe seu comentário. Essa troca é fundamental para a sociedade.


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A vida pode ser mais simples que isso

By | Educação | No Comments

Admito: a minha vida anda muito acelerada! E, olhando à minha volta, vejo que a maioria das pessoas segue o mesmo ritmo.

Por quê?

Os meios digitais, que nos permitem fazer cada vez mais com menos, que tornam nossas vidas mais produtivas e divertidas, também nos mantêm em um estado de alerta que não termina. As metas de trabalho e pessoais não param de crescer. E nos deixamos levar por isso, às vezes sem perceber.

O marketing aprendeu como tirar proveito disso, com estímulos permanentes. Mas tudo em exagero estraga: isso vem criando uma geração de pessoas que não se encantam com mais nada, por estarem sempre submetidos a um novo produto incrível.

Pessoas incapazes de apreciar o lado bom da vida não conseguem encantar ninguém. Passam a viver no automático e seu senso crítico fica seriamente prejudicado. Disso surge uma população ansiosa e facilmente manipulável por grupos econômicos e políticos.

Precisamos reverter esse ciclo! Veja minhas sugestões no vídeo abaixo. E depois compartilhe conosco, nos comentários, o que faz para buscar seu equilíbrio.



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Super-herói precisa de Facebook?

By | Jornalismo | No Comments

Essa é para rir! Mas também podemos aprender algo.

Super-herói precisa de Facebook?

Joinville agora tem seu herói: o Escudo Negro! Ele se anunciou em um perfil na rede do Zuckerberg há alguns dias, com um post com vários erros grosseiros, como dizer que vai “atrás de maus feitores, criminosos, usuários, etc” e que seu “Rob é lutar contra o crime”.

Depois de ganhar notoriedade local, com cerca de 1.500 compartilhamentos e até vários usuários (eita!) se oferecendo como ajudante, o perfil saiu do ar. Ninguém sabe quem é o Escudo Negro, se ele continua na ativa ou se a repentina fama estragou seus planos.

Mas, quando soube dele, a primeira coisa que pensei é por que um herói precisaria de uma rede social. Alguém já imaginou o Batman no Twitter ou o Homem-Aranha no Instagram?

Não se sabe se foi uma brincadeira, ou golpe publicitário ou só um maluco, mas muita gente hoje vive em busca de exposição, para suprir diferentes carências. As redes sociais são ótimas para isso, mas alguns exageram na dose, e usam inadequadamente o recurso. E assim acabam matando uma boa ideia (não parece ser o caso aqui).

Aguardo agora o perfil do Escudo Negro no LinkedIn. Que título ele se dará? Senior Night Law Enforcer? 😉

Ignorar as pessoas é um péssimo negócio

By | Educação | No Comments

Quem nunca sofreu com uma informação importante que nunca chegava?

Pode ser a resposta para fechar um negócio, atualizações sobre um novo emprego, ou mesmo algo do nosso cotidiano. Você chama a outra parte, mas é como se ela ignorasse você solenemente.

Daí a coisa não avança e a ansiedade cresce. E você se sente preso em um lugar em que não pode fazer nada para sair dele: uma terrível sensação de impotência.

Os meios digitais pioram esse cenário. Estamos permanentemente conectados a tudo, mas soterrados de informação, que nos atrapalha para ouvir e ser ouvido.

Esse cenário não favorece ninguém. De um lado, temos indivíduos que se sentem ignorados e desprestigiados. Do outro, empresas que podem perder incríveis oportunidades por não prestar atenção às pessoas.

Mas não precisa ser assim. Uma boa organização ajuda muito. Mas o que precisa mesmo acontecer é um desejo de querer atender o outro. Você está pronto para isso?

Veja, no meu vídeo abaixo, alguns exemplos de problemas causados por esse mau comportamento que se dissemina, e sugestões para contornar a situação. E depois compartilhe conosco como isso afeta o seu dia a dia.



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Você confiaria a sua vida a um super app?

By | Jornalismo | No Comments

Caminhamos a passos largos para um momento em que a Siri, dos iPhones, e o Google Assistente, dos Androids, serão substituídos por sistemas muito mais poderosos, que saberão quase tudo sobre nós, e serão capazes de tomar decisões complexas e até negociar valores em nosso nome. Nesse futuro próximo, a nova geração de assistentes virtuais evoluirá a partir dos atuais “super apps” (como o WeChat), acrescentando uma grande dose de inteligência artificial, análises preditivas, linguagem natural, big data.

Parece muito bacana -e é! Mas esses sistemas levantam algumas questões éticas e comerciais. Com tanto poder concentrado, eles serão capazes de impactar fortemente a “jornada do cliente”, até mesmo determinando o que consumiremos e como.

E aí a coisa fica complicada.

Diante disso, que garantia teremos que esses sistemas sempre tomarão as melhores decisões para nós, e não para atender interesses ocultos de seus fabricantes ou de seus parceiros comerciais? Entretanto, se não confiarmos nas assistentes, a sua “mágica” desaparece.

Para completar, em agosto do ano que vem, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) começa a valer. Ela disciplinará não apenas a coleta de nossas informações, como também o uso que será feito delas, determinando que tudo deve ser explicitamente autorizado pelo usuário antes. Como esses sistemas, que se esbaldarão e cruzarão nossas informações mais íntimas, serão impactadas pela lei?

Uma coisa é certa: o futuro é inevitável! Quando esses sistemas estiverem disponíveis, daqui uns três anos, devem ser rapidamente adotados. Veja no meu vídeo abaixo o que você precisa saber para aproveitar bem novidades assim. E depois compartilhe conosco suas percepções nos comentários.



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“Bolha de proteção” cria adultos ansiosos e que não trabalham em equipe

By | Educação | No Comments

Cresce a quantidade de jovens profissionais que apresentam uma dificuldade acima da média para seguir regras e obedecer a hierarquia. Além de isso atrapalhar o próprio desenvolvimento, inclui um elementos que não se encaixam nas empresas.

Esse problema do mercado de trabalho tem origem na infância, dentro de casa: pais superprotetores criam uma “bolha” em torno de crianças e adolescentes, na tentativa de evitar que se frustrem ou que tenham que enfrentar grandes desafios.

Essa é a melhor receita para criar adultos fragilizados e intolerantes. Pais que não sabem dizer “não” criam filhos que não aceitam ouvir “não”.

O problema é que os próprios pais andam um tanto perdidos. A prolongada e profunda crise econômica e social ajudou a catapultar o Brasil para a liderança mundial em casos de ansiedade, segundo a Organização Mundial de Saúde: 9,3% dos brasileiros sofrem do mal. Não é de se espantar que um dos medicamentos mais vendidos no país seja o ansiolítico tarja preta Clonazepam, mais conhecido Rivotril.

Como crianças aprendem pelo exemplo, e muitos de seus pais vivem uma vida enfiada no trabalho, cujo único propósito parece ser pagar contas, a sua fragilidade se agrava. Ouvi recentemente casos de crianças que estão se automedicando com Rivotril furtado das cartelas de seus pais. E isso é gravíssimo!

Como esperar que cresçam confiantes, responsáveis e prontos para trabalhar em equipe, habilidades cada vez mais valorizadas no mercado?

Calma, nem tudo está perdido!

Veja no meu vídeo abaixo como reverter essa situação e ajudar os pequenos a crescer de uma maneira saudável. E depois compartilhe conosco nos comentários as suas vivências sobre o tema.



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