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O Kindle 2, e-book da Amazon que deve vender 500 mil unidades só neste ano

O Kindle 2, e-book da Amazon que deve vender 500 mil unidades só neste ano

O que torna um livro tão especial? Além de questões sensoriais e eventualmente emocionais do leitor (coisas como “gosto do cheiro de livro novo”), ele é sem dúvida um invento brilhante pela sua simplicidade e eficiência no que se propõe, além de uma portabilidade invejável.

Há uma outra coisa o coloca adiante de todos os candidatos a ocupar o seu espaço no coração dos leitores: todo mundo sabe usar um livro. Bobagem? Não é! Aprender qualquer nova tecnologia significa ao usuário sair da sua zona de conforto, e os livros têm 554 anos de dianteira sobre a concorrência, desde que Gutenberg terminou de imprimir a sua primeira Bíblia, em março de 1455.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=9LMQhrXThDk]O vídeo acima, uma esquete norueguesa, ilustra com bom humor o que significa aprender uma nova tecnologia, no caso o uso justamente de um livro, lá pelo século XV.

Quem está mais perto de conseguir a proeza de roubar os leitores dos livros tradicionais é o Kindle, e-book da gigante Amazon. Seu principal trunfo é justamente imitar com relativo sucesso um livro: sua tela mimetiza o papel, sem cansar a vista, pode ter suas páginas “viradas” e até permite anotações de rodapé. O tamanho e o peso também lembram um livro. E traz vantagens contra as quais um livro não pode competir: leva uma biblioteca inteira em sua memória (uma média de 1.500 livros), permite comprar livros, audiolivros e periódicos em qualquer lugar (nos EUA) e até mesmo oferece livros mais baratos.

Sim, mais baratos! O conteúdo de um livro pode ser distribuído por diferentes mídias, e papel custa dinheiro. Se você se livra desse custo, nada mais justo que o preço da obra também caia.

Não é de se admirar que os vendedores de enciclopédia não batam mais às nossas portas.